As autoridades da Argélia anunciaram a abertura do seu espaço aéreo, que estava fechado há dois anos, para voos humanitários e transporte de feridos com origem e destino em Marrocos. A medida acontece após o terremoto que atingiu a região de Marrakesh, na noite de sexta-feira, 8, deixando ao menos 1.300 mortos. “A Argélia mostra a sua total disponibilidade para prestar assistência humanitária e colocar todas as suas capacidades materiais e humanas em solidariedade com o povo marroquino irmão, quando Marrocos o solicitar”, informou a presidência argelina. Em setembro de 2021, a Argélia ordenou o fechamento imediato do seu espaço aéreo, incluindo voos civis e militares, assim como os aviões registrados no país vizinho, após ter rompido relações diplomáticas, acusando Rabat de “ações hostis”. De acordo com a Argélia, entre essas ações estão o apoio a grupos descritos como terroristas pelas autoridades argelinas, supostamente envolvidos nos incêndios que atingiram o norte do país e nos quais cerca de cem pessoas morreram.
A Defesa Civil argelina afirmou neste sábado, 9, que o tremor de 7 graus na escala Richter no Marrocos foi sentido em seis províncias do oeste da Argélia, mas não causou vítimas nem danos materiais. O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado de solidariedade ao Marrocos, assegurando que “acompanha com grande tristeza e profunda angústia as consequências do violento tremor que atingiu várias regiões do Reino do Marrocos”. “Nesta dolorosa prova, a Argélia apresenta as suas sinceras condolências às famílias das vítimas e ao fraterno povo marroquino, assegurando-lhes a sua mais profunda simpatia, e deseja uma rápida recuperação aos feridos”, comunicou. As fronteiras terrestres entre os dois Estados estão fechadas desde 1994 por decisão argelina, após um atentado terrorista na cidade marroquina de Marrakesh, que Rabat atribuiu indiretamente à Argélia ao impor a obrigação de visto aos argelinos.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan