Instituição que atua na manutenção da ordem das unidades prisionais e parte integrante da segurança pública, a Polícia Penal de Alagoas estará presente mais uma vez no tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro, no Memorial à República, em Jaraguá, na capital alagoana.
De acordo com a programação, às 8h30 haverá a revista das tropas pelo governador em exercício Ronaldo Lessa, seguido do desfile, que deve ser iniciado às 9h.
A previsão é de que cinquenta policiais penais desfilem no "Dia da Independência" que reúne as Forças Armadas e da Segurança.
Desfile
O desfile vai mobilizar as Forças Armadas (Marinha, Aeronáutica e Exército) e os órgãos da Segurança (Polícias Militar, Civil, Penal e Corpo de Bombeiros) que terão desfilando um efetivo de cerca de 1,5 mil homens e mulheres.
"Teremos no desfile integrantes do canil; vinte policiais da Diretoria de Operações Táticas (DOT), que é uma divisão do Gerit (Grupamento de Escolta, Remoção e Intervenção Tática), depois vêm seis picapes, sendo três do Gerit e três do GSO (Grupamento de Segurança Orgânica) e por último um ônibus de transporte de reeducandos. Cada VTR terá quatro integrantes", destaca o policial penal Manuel Messias, chefe do COP (Comando de Operações Penitenciárias (COP).
Manuel Messias ressalta que a participação da Polícia Penal de Alagoas no Desfile do 7 de Setembro é uma forma de reconhecimento e valorização do trabalho dos profissionais que atuam diariamente na prevenção e combate ao crime.
"O Desfile do 7 de Setembro é a parte principal da celebração da Independência do Brasil e um momento de refletir sobre a história do nosso povo. É fundamental para apresentar a sociedade o trabalho do Policial Penal e da Seris, reafirmando o compromisso do Estado com a segurança pública e promover o diálogo entre a sociedade e as forças de segurança", finaliza o chefe do COP.
Transformação
Um longo caminho até aqui, mas já reconhecida pela população, a carreira na Polícia Penal passou por transformações e atrai quem quer integrar as polícias brasileiras. Em Alagoas foram dois concursos públicos nos anos de 2006 (ainda como agente penitenciário) e 2022 (já reconhecidos como policiais penais).
Em dezembro de 2019, o Congresso Nacional promulgou uma Emenda Constitucional que criou a Polícia Penal, órgão responsável pela segurança do sistema prisional federal, estadual e do Distrito Federal. Pelo texto, os quadros da nova corporação serão compostos pela transformação dos cargos dos atuais agentes penitenciários e equivalentes, além da realização de concursos públicos.
Já em junho de 2020, a Assembleia Legislativa Estadual (ALE) aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 79/2020 que transformou a carreira de agente penitenciário em policial penal.
Esse longo caminho até se transformar – de fato – integrante da Segurança Pública culminou em uma nova fase dentro da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
Em janeiro deste ano, com a posse do governador Paulo Dantas e do secretário Diogo Teixeira, uma das medidas colocadas em prática foi a valorização desses policiais penais, que passaram a assumir funções estratégicas.