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Direitos Humanos

Alagoas tem primeira unidade socioeducativa do Brasil exclusiva para dependentes químicos

A iniciativa pioneira é fruto da gestão Paulo Dantas e visa aperfeiçoar o atendimento a adolescentes e jovens em conflito com a lei

Estrutura oferece atendimento especializado, principalmente para casos críticos de abstinência causada pelo uso de drogas
Estrutura oferece atendimento especializado, principalmente para casos críticos de abstinência causada pelo uso de drogas

A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) conta com a primeira unidade socioeducativa do Brasil exclusiva para dependentes químicos. A iniciativa pioneira atende a uma recomendação do Ministério Público do Estado (MPAL) e visa aperfeiçoar este serviço oferecido pelo Estado.

A unidade funciona como porta de entrada para adolescentes que ingressam no sistema socioeducativo portando algum tipo de vício ligado às drogas. A estrutura oferece atendimento especializado, principalmente para casos críticos de abstinência.

"Muitos jovens que chegam ao sistema socioeducativo trazem alguns vícios, como álcool e outras drogas. É uma condição difícil de ser superada sozinho, sobretudo nos primeiros dias. O intuito dessa unidade é acolher esses adolescentes, ajudá-los a superar a condição de abstinência e ressignificar sua jornada para que ele possa ser reinserido na sociedade após o cumprimento da medida", explica o superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Otávio Rego.


Localizada dentro do Complexo Socioeducativo de Maceió, no bairro do Tabuleiro do Martins, a unidade conta com uma estrutura diferenciada, sem trancas ou grades, e oferece ao recém-acolhido um atendimento humanizado, atenção à saúde física e mental, atividades terapêuticas, amplo convívio social, entre outros recursos.

"É uma unidade modelo, onde cada caso é avaliado e tratado individualmente. Aqui o adolescente é acompanhado por uma equipe multiprofissional da Unidade Básica de Saúde que funciona dentro do Complexo Socioeducativo, trazendo um olhar humanizado e propostas específicas de intervenção que o ajudem a superar o quadro de dependência até que ele possa ser transferido para uma unidade padrão", completa Otávio Rego.

A promotora de Justiça Marília Cerqueira enfatiza que a unidade de acolhimento possui as especificidades no atendimento socioeducativo que não podem ser ignoradas.

"Há um sofrimento na condição de dependente químico que precisa ser acolhido. Pensando nisso, a Seprev se uniu ao Ministério Público para a implantação de uma unidade de atendimento aos jovens que foram sentenciados e tem essa característica específica de dependência química. É um recurso muito importante, haja vista a existência de demanda nesse sentido", disse a promotora.

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