A passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul causou grandes tempestades e já causou quatro mortes. Além das vítimas, as chuvas estão provocando alagamentos, inundações e destruindo residências na região norte do Estado. Com isso, as prefeituras estão orientando seus cidadãos a evitarem áreas de risco e se afastarem de regiões próximas a rios. Na madrugada desta terça-feira, 5, a prefeitura da cidade de Roca Sales, que enfrentou uma enchente, pediu para que a população suba nos telhados de suas casas para fugir da água. “Nesse momento desesperado, bombeiros e Defesa Civil não estão dando conta de auxiliar todos que necessitam. Pedimos que quem consiga suba nos telhados e se agasalhe, o auxílio profissional do Estado só virá nas primeiras horas da manhã”, diz a prefeitura em nota. O perfil da prefeitura nas redes sociais compartilhou pedidos de resgate de pessoas presas em casas e estabelecimentos comerciais. A gestão municipal pede ainda para que os moradores que tenham barcos ajudem no resgate de pessoas ilhadas. Na noite de segunda-feira, 4, a Defesa Civil da cidade informou que o nível do Rio Taquari atingiu a marca de 22,37m, com aumento de 90 cm em uma hora. Por volta das 12h de segunda-feira, o nível do rio era de 8,96m.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 55 cidades registraram ocorrências relacionadas a chuva, como granizo, vendavais, inundações e quedas de árvores. Até o momento, foram contabilizados quatro mortos: um em Passo Fundo, um em Mato Castelhano e dois em Ibiraiaras. Ao todo, 426 pessoas estão desabrigados e outros 1.133 desalojados. Segundo estimativas das autoridades, o número de afetados total é de aproximadamente 18,5 mil. Em nota, a Defesa Civil informou que está atuando para auxiliar as cidades atingidas pelas chuvas, citando a situação de Muçum, um dos municípios mais atingidos pela chuva. “Os bombeiros empregaram sete embarcações, enquanto o Comando Ambiental da BM utilizou outras três no salvamento das pessoas, realizado ao longo de toda a madrugada”, afirmou a Defesa Civil.
Fonte: Jovem Pan