O presidente na China, Xi Jinping, não deve comparecer a 18ª Cúpula do G20 em Nova Délhi, Índia, de 9 a 10 de setembro, informou uma autoridade europeia, que pediu para não ser identificada. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar “decepcionado” com esta ausência. Nesta segunda-feira, 4, a porta-voz do ministério chinês não confirmou explicitamente a ausência do presidente Xi e apenas anunciou que Li Qiang vai “liderar uma delegação” na Índia. “O que posso dizer a vocês é que o G20 é um fórum importante para a cooperação econômica internacional”, disse a porta-voz. “Ao participar desta reunião, o primeiro-ministro Li Qiang transmitirá as ideias e posições da China sobre a cooperação do G20, apelando ao G20 para reforçar a unidade e a cooperação, e trabalhando em conjunto para combater os desafios econômicos e de desenvolvimentos globais”, acrescentou.
O presidente Xi participou de todas as cúpulas do G20 desde que chegou ao poder, à exceção da de Roma em 2021, em plena crise da covid, da qual participou por videoconferência. Sua provável ausência em Nova Délhi ocorre poucas semanas depois da cúpula do Brics (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) na África do Sul, à qual Xi Jinping compareceu. O líder chinês manteve, no evento, conversas com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anfitrião da cúpula do G20, em um raro encontro presencial, embora as tensões continuem sendo altas entre ambos. Na semana passada, a Índia enviou um “enérgico protesto” à China, que divulgou um mapa reivindicando territórios que Nova Délhi considera seus, incluindo uma área próxima onde estes dois países vizinhos entraram em confronto em 2020.
Por outro lado, a Índia, que está em ascensão – além de acabar de ser tonar o país mais populoso do mundo, também conseguiu se juntas a China, Rússia e Estados Unidos ao pousar uma nava não tripulada na lua – se fará presente. Chian e Índia, dois gigantes asiáticos, têm diferenças sobre questões territoriais. O G20 reúne as maiores economias do planeta, em um total de 19 países, aos quais se soma a União Europeia (UE). Em conjunto, representam 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e dois terços da população mundial. A China, a segunda maior economia do mundo, mira um crescimento de cerca de 5% até 2023, mas a meta será difícil de alcançar, em um contexto de baixo consumo, desemprego juvenil recorde e crise imobiliária.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan