A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta sexta-feira (1º), o I Encontro Alagoano do Programa Mais Médicos, após a retomada da estratégia relançada pelo Governo Federal no início deste ano. O evento, que foi destinado aos secretários municipais de saúde dos 102 municípios alagoanos e aos médicos integrados ao programa, ocorreu no auditório do Centro Universitário de Maceió (Unima), localizado na Avenida Comendador Gustavo Paiva, no bairro Cruz das Almas, em Maceió.
Criado em 2013, o programa tem como objetivo levar profissionais da área da área médica para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, além de oferecê-los oportunidades de qualificação durante o período de atuação. Os participantes podem fazer especialização e mestrado em até quatro anos e também passam a receber benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões de maior vulnerabilidade.
A gerente de Atenção Primária da Saúde, Karina Omena, destacou que no Estado o programa conta com 116 médicos, que fazem parte tanto de ciclos anteriores quanto do novo ciclo. Ela ressaltou que, nesta retomada do programa, os médicos ampliaram o atendimento no Consultório de Rua e no Sistema Prisional.
"Estamos retornando o Mais Médicos após a Pandemia da Covid-19 e o evento marcou essa retomada das ações. Promovemos essa troca entre os participantes mais antigos com os que ingressaram agora no programa. Esta ação fomenta a formação médica em Atenção primária em Saúde onde, esses profissionais passam a atuar nos locais mais distantes, onde muitas vezes há dificuldade de se encontrar o profissional especializado para fazer parte da equipe de estratégia de saúde da família", enfatizou Karini Omena.
O tutor do Mais Médicos em Alagoas, o médico Danilo Nilo, ressaltou a importância do programa em possibilitar que os médicos possam fazer mestrado e especialização, além dos benefícios para atuação em locais de difícil provimento. "É um programa que está montado para o usuário de saúde da ponta, o provimento de médicos aos municípios que tenham a necessidade de ter médicos da família. Então, ele vem com uma estrutura que a gente promove a assistência, colocando o médico para fazer a assistência e, ao mesmo tempo, promove a esse médico uma formação em Atenção Primária em saúde", frisou.
Danilo Nilo explicou que a formação dos profissionais acontece por meio de cursos de aperfeiçoamento, especialização e mestrado, onde todos são voltados à Atenção Primária em Saúde. "Além disso, realizamos um acompanhamento de forma individual com profissionais médicos que já são formados em Atenção Primária e que fazem a supervisão desses profissionais in loco. Além disso, os médicos também realizam cursos obrigatórios, promovidos pelo programa", esclareceu.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salientou que o Mais Médicos preenche uma lacuna na assistência médica em vários municípios alagoanos, que enfrentam dificuldades para fixar os profissionais. "Por isso, o Mais Médicos, além de assegurar assistência à população mais carente, cumpre um papel social muito relevante", sentenciou o gestor da saúde estadual.