O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira, 1º, que deixará o cargo se a oposição ganhar as eleições legislativas do próximo domingo, embora a ala majoritária de seus detratores, liderada por Juan Guaidó, não participe do pleito por considerá-lo fraudulento. “Digo ao povo: deixo meu destino em suas mãos. Se a oposição voltar a ganhar, deixarei a presidência. Se a oposição ganhar as eleições, não ficarei mais aqui. Deixo meu destino nas mãos do povo da Venezuela“, disse Maduro em um ato de campanha de seus correligionários em Caracas.
A proposta, de acordo com ele, é um “desafio” proposto por alguns dos líderes da oposição que participarão da votação, como o ex-candidato presidencial Javier Bertucci e o secretário do partido Ação Democrática (AD), Bernabé Gutiérrez. “Dizem que no próximo domingo haverá um plebiscito ( ) a toda a oposição eu digo: aceito o desafio. No próximo domingo, eu aceito o desafio, vamos ver quem ganha. Se vencermos, vamos em frente”, acrescentou o presidente venezuelano.
Leia também
Dólar cai e renova mínima de julho com otimismo internacional; Ibovespa mantém os 111 mil pontos
Secretário de Justiça afirma que não há provas capazes de reverter derrota de Trump
Em 2021, Covid-19 levará o mundo à pior crise humanitária em décadas
Embora os líderes tradicionais anti-chavistas não sejam candidatos nesta eleição, alguns dos maiores partidos da oposição participarão por terem sofrido mudanças em suas diretorias, com a entrada de militantes que haviam sido expulsos por, supostamente, terem feito acordos secretos com o governo. Maduro não fez nenhuma menção a este aspecto, uma das razões pelas quais o processo não é visto como democrático pela União Europeia e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), e em vez disso ressaltou que estava confiante em conseguir “uma grande vitória” no domingo.
“Me perdoem por ser rude, mas já chega, mais cinco anos com a oposição liderando a Assembleia, não, assim não ( ) Se a oposição conseguir mais votos do que a gente e ganhar as eleições no domingo, então vamos tomar outro caminho, estou aceitando o desafio, estou aceitando o desafio com coragem”, reiterou. Atualmente, a oposição venezuelana controla o Parlamento sob o comando de Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países.
*Com informações da EFE
Jovem Pan