O pedreiro identificado como José Tarcísio Teixeira, 52 anos, que estava foragido da Justiça de São Paulo, foi preso por policiais civis alagoanos na manhã desta quinta-feira, 24, no município de Arapiraca, Agreste do Estado. Ele foi condenado por homicídio cometido contra o próprio vizinho, no ano de 2010, na cidade de Campo Limpo Paulista.
Tarcísio, como é conhecido, é natural de São Sebastião, e desde o crime, de acordo com a polícia, se escondia em municípios do interior alagoano. Ele foi localizado em um imóvel onde convivia com a esposa, no bairro de Batingas, em Arapiraca, nas primeiras horas da manhã, após o trabalho de investigação de policiais da 7ª Delegacia Regional de Polícia.
O delegado Rômulo Andrade, titular da Regional, informou que há cerca de 30 dias uma denúncia sobre o crime praticado por Tarcísio foi passada via rede social. "Apesar de não se tratar de um crime ocorrido na cidade de Penedo ou região, não poderíamos nos furtar a realizar mais esse trabalho de inteligência policial e captura", frisou o delegado.
Andrade ressaltou ainda que, diante da informação, os policiais iniciaram os primeiros levantamentos que confirmaram o mandado de prisão em aberto contra o pedreiro, em decorrência de condenação por homicídio pela comarca de Campo Limpo Paulista, Poder Judiciário do Estado de São Paulo.
O delegado destacou que Tarcísio, durante mais de 10 anos, tentou despistar sobre o paradeiro ao residir em cidades circunvizinhas ao município de Arapiraca, até se deslocar definitivamente para a cidade. Porém, ainda mudando de endereço com frequência. Ele não usava redes sociais e número de telefone.
O pedreiro agora será submetido a audiência de custódia e depois será transferido para o sistema prisional de Alagoas, onde aguardará remoção para o estado de São Paulo. O capturado ainda deve cumprir pena de seis anos de reclusão.
O crime - Tarcísio, então com 39 anos de idade e morador de condomínio de chácaras na cidade de Campo Limpo Paulista, confessou que mantinha desavença com o vizinho, de 60 anos à época. Segundo relato, a vítima passou a alugar a chácara que residia, edificada em frente à chácara do autor, para realização de eventos festivos nos finais de semana. O autor do homicídio disse que as festas eram com som alto e muita algazarra, o que teria proporcionado prejuízos para ele.
Tarcísio também alegou que já havia acionado a Polícia Militar daquela cidade, mas não teria tido qualquer apoio. Na noite do registro do crime, ele destacou que tentou sair de casa, dirigindo o carro, portando um revólver de calibre .38, com a intenção de se deslocar até o Batalhão da PM, para tentar acionar os militares, pois, novamente, o som alto e a farra na chácara da vítima, estariam lhe perturbando.
Segundo ainda o autor do crime, ao chegar na porta da chácara, foi cercado várias pessoas que estavam prestigiando a festa da vítima. O vizinho teria lhe injuriado e lhe ameaçado, buscando evitar que Tarcísio chamasse a polícia, momento em que o assassino passou a efetuar disparos de arma de fogo que atingiram o idoso, causando o óbito no local.
Depois do registro do crime, o Tarcísio fugiu para Alagoas, sendo preso no ano seguinte (2011), permanecendo custodiado por cinco meses. Solto, o autor do homicídio voltou a fugir, sendo localizado apenas nesta data em Alagoas.