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HGE-AL

HGE passa a ter sala exclusiva para busca ativa de possíveis doadores de órgãos

Alagoas tem 509 pessoas na fila de espera por um transplante conforme a Central de Transplantes

No novo espaço, profissionais da OPO do HGE irão receber familiares de potenciais doadores de órgãos
No novo espaço, profissionais da OPO do HGE irão receber familiares de potenciais doadores de órgãos

Um espaço acolhedor, onde os profissionais poderão conversar com os familiares de possíveis doadores de órgãos e tecidos, começou a funcionar no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. A iniciativa é mais uma das ações implementadas pela atual gestão da unidade hospitalar, que visam qualificar o acolhimento e modernizar a estrutura e equipamentos.

Conforme o diretor do HGE, Fernando Melro Fortes, por ser o responsável pelo maior número de doadores de órgãos do Estado, nada mais justo que a unidade dispor de um espaço para acomodar os profissionais que fazem a captação. "Eles trabalham diretamente com os familiares e com os profissionais responsáveis pela assistência direta, sensibilizando, acolhendo, além de realizar ações de informação e conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos dentro da unidade hospitalar", ressaltou o gestor do HGE.

Eleonora Carvalho, coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO) no HGE, explicou que, a equipe faz busca ativa diariamente para identificar nos pacientes neurocríticos, possíveis doadores de órgãos e tecidos, com acompanhamento da assistência médica, assim como avalia os óbitos para possível doação de córneas. "Após a constatação da morte encefálica, entramos em contato com a família do possível doador, fazendo o acolhimento para esclarecimentos e oferecendo ajuda sobre os procedimentos seguintes. Caso tenha autorização familiar, a captação após a doação, deve ocorrer em até seis horas após o horário do óbito", frisou.

A OPO possui uma equipe multidisciplinar preparada para atuar, cumprindo com a sua missão de dar o acolhimento aos familiares e os esclarecimentos necessários à população. "Apesar das incontáveis ações de informação, conscientização e sensibilização sobre a seriedade da doação de órgãos e tecidos, ainda existem aqueles que desconhecem, não acreditam no processo e não compreendem a importância do ato de amor e solidário para as pessoas que convivem com a esperança de ser o próximo na fila de espera de um órgão ou uma córnea, daí a importância do nosso trabalho no hospital", explicou Eleonora Carvalho.

Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, ressaltou que o trabalho desempenhado pelos profissionais da OPO está relacionado com a vida e não com a morte. "Todos que trabalham com transplantes, desde a captação, não trabalham com mortes, salvamos vidas! Um doador representa a vida salva de vários receptores. Somos muito gratos à atual gestão do HGE por contribuir com o desenvolvimento de Transplantes em Alagoas. Através deste espaço teremos a possibilidade de acolher mais familiares a despertar para a importância da doação de órgãos", mencionou.

Como ser Doador

Atualmente, para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar à família o desejo da doação, que se efetiva após autorização familiar, conforme a lei 10.211 de 23 de março de 2001. Podem ser doadores os cidadãos com idade acima ou igual a dois anos e abaixo de 80, conforme autorização de um parente de primeiro grau, como irmão, cônjuge e pai ou mãe.

Também é necessária a presença de duas testemunhas para a autorização. Os destinos dos órgãos ou tecidos são indicados segundo a lista de espera regulada pelo Sistema Nacional de Transplantes e de acordo com critérios de urgência, tempo de espera e compatibilidade.

Na lista de espera por um órgão ou tecido, conforme a Central de Transplantes, Alagoas tem 509 pessoas. São 456 aguardando por um transplante de córnea, 45 por um de rim, seis por um de fígado e dois por um de coração. Este ano, até julho, foram realizados 48 transplantes, sendo 42 de córneas, quatro de fígados e dois de rins.

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, todo o investimento no processo de conscientização e captação de órgãos é fundamental, visando estimular a doação de órgãos, reduzindo, desse modo, a fila de espera por um transplante. "O processo de doação de órgãos passa pela conscientização e por um trabalho de captação minucioso, cujos profissionais da OPO fazem com maestria. Daí porque, este espaço exclusivo no HGE para que esses profissionais desempenhem o seu trabalho com eficiência, agilidade e humanização é primordial", destacou.

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