O Exército do Níger anunciou o fechamento do espaço aéreo do país “até nova ordem”. A determinação foi divulgada na noite deste domingo, 6, pouco antes do fim do ultimato da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao). Os militares alegaram “ameaça de intervenção” como motivo para a decisão e advertiram que “qualquer tentativa de violação do espaço aéreo levará a uma resposta enérgica e imediata”. O Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), órgão dos militares no poder , citou um desdobramento para a “preparação da intervenção em dois países da África Central”, mas não especificou quais. “Qualquer Estado envolvido será considerado cobeligerante”, acrescentou o grupo. Países como Nigéria, membro influente da Cedeao, e Argélia, que não é membro, mas compartilha quase mil quilômetros de fronteira com o país, mostraram reservas quanto à medida. O ultimato da Comunidade exigira o retorno da ordem constitucional no país após o golpe de 26 de julho, sob pena de uso da força. Os comandantes do Estado-Maior dos países da Cedeao chegaram a mencionar intervenção militar no Níger, mas nenhuma mobilização foi feita até o momento. Segundo a Cedeao, nenhuma intervenção está prevista no momento para restaurar o mandato de Mohamed Bazoum, detido desde o dia do golpe. O atentado a democracia foi condenado em diversas regiões do globo, uma vez que Bazoum era aliado da França e dos Estados Unidos. Por outro lado, os exércitos de Mali e Burkina Faso apoiaram o golpe no Níger.
*Com informações da AFP
Jovem Pan