A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) será divulgada nesta terça-feira, 8. Na última quarta-feira, 2, o comitê decidiu baixar a taxa básica de juros para 13,25% ao ano. A redução de 0,5 ponto percentual vem após sete manutenções consecutivas, que culminaram no período mais longo no qual a Selic esteve estacionada desde junho de 2019, quando foi mantida em 6,50% por 10 reuniões, ou quase um ano. A taxa não sofria cortes desde agosto de 2020, quando foi reajustada de 2,25% para 2%. A decisão do colegiado seguiu as expectativas do mercado, que previa que o processo de queda da taxa de juros iria começar em agosto. A economista Ariane Benedito diz que o documento do Copom, que será divulgado nesta terça, vai ajudar a entender o motivo do comitê não ter alertado sobre o risco fiscal ao justificar o corte da Selic, como fez em decisões anteriores quando manteve os juros. O mercado financeiro aposta na divulgação da ata para entender como será a divisão dentro do BC para definição dos cortes de juros e quais serão os próximos passos do Copom, já que analistas apostam em reduções nas próximas reuniões. “Obviamente que a Ata vai trazer mais detalhes de forma técnica para também entender como o Copom está olhando o preço de commodities, que tem uma grande pressão inflacionária”, disse Ariane. Para a economista e especialista em vendas Carolina Dilli, com a Selic menor, cresce a busca por crédito por parte dos consumidores. “A atual redução da taxa Selic tende a beneficiar a curto prazo as pequenas e médias empresas na diminuição de custo de capital para novos investimentos, que possibilita ampliação de novos negócios e novas contratações”, comentou. Empresários celebraram o corte da taxa de juros. No entanto, outros esperam efeitos maiores na economia no início do próximo ano.
*Com informações do repórter David de Tarso.
Fonte: Jovem Pan