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Recep Tayyip Erdogan

Putin pede apoio da Turquia para exportação de cereais, mas se nega a retomar acordo de grãos

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu apoio do homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, para exportar os grãos do país e evitar as sanções ocidentais, ao mesmo tempo que se negou a retomar o acordo, mediado pela Turquia, que permitia as exportações agrícolas ucranianas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu apoio do homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, para exportar os grãos do país e evitar as sanções ocidentais, ao mesmo tempo que se negou a retomar o acordo, mediado pela Turquia, que permitia as exportações agrícolas ucranianas. “Levando em consideração as necessidades alimentares dos países que mais precisam, estamos desenvolvendo opções para permitir a entrega de grãos russos. Há um desejo de cooperar nesta área com a Turquia”, afirmou o Kremlin em um comunicado que resume o conteúdo de uma conversa entre Putin e Erdogan. No fim de julho, o presidente russo prometeu enviar gratuitamente cereais para vários países africanos, apesar das sanções que, desde o início da ofensiva na Ucrânia, paralisam o transporte marítimo com destino e a partir da Rússia.

Essa solicitação vem em um momento em que a Rússia realiza ataques com drones contra as infraestruturas portuárias ucranianas. Nesta quarta-feira, 2, por exemplo, os ataques danificaram quase 40 mil toneladas de grãos destinados à exportação, anunciou o ministro de Infraestruturas da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov. “Os russos atacaram armazéns e silos de grãos, danificando assim quase 40 mil toneladas de grãos”, disse Kubrakov no Telegram. “Estes são os mesmos portos que se tornaram a base da segurança alimentar mundial atualmente”, disse ele, acrescentando que os grãos que estavam armazenados ali tinham como destino os países africanos, China e Israel. “Os ataques contra portos ucranianos são uma ameaça para o mundo”, disse Kubrakov, em sua conta no Twitter. Os drones, do tipo Shahed e de fabricação iraniana, atingiram o sul da região de Odessa, informou o exército ucraniano no Telegram, sem mencionar a localização. O comunicado destaca que “o alvo evidente do inimigo era a infraestrutura portuária e industrial da região”.

exportação de cereais

Desde o dia 17 de julho, quando a Rússia suspendeu o acordo que grão, que tinha sido firmado em 2022, com mediação da Turquia, foram registrados ataques aos portos da Ucrânia, o que acabou danificando alguns grãos. As tropas de Vladimir Putin atacam instalações vitais para exportação no Mar Negro. O acordo entre Rússia e Ucrânia, que permitia exportação de grãos – os países são dois dos maiores produtores – que cerca de 33 milhões de toneladas de cereais e oleaginosas deixassem os portos ucranianos de forma segura, diminuindo os temores de uma escassez mundial de alimentos. Com a rota pelo Mar Negro bloqueada, os portos fluviais de Izmail e Reni, no Rio Danúbio, se tornaram vitais para as exportações. "Os cereais ucranianos podem alimentar milhões de pessoas em todo o mundo", denunciou a pasta de Defesa ucraniana, que em seguida acusou a Rússia de "escolher o caminho da matança, da fome e do terrorismo". A Procuradoria Geral da Ucrânia afirmou em um comunicado que “as instalações portuárias e a infraestrutura industrial no Danúbio foram afetadas”: um elevador, vários silos de grãos, tanques de terminais de carga, depósitos e áreas administrativas foram atingidos.

O presidente do ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu esses ataques como uma “ameaça para todos, em todos os continentes” e acusou a Rússia de “terrorismo”. “Os terroristas russos voltaram a atacar portos, cereais e a segurança alimentar mundial”, escreveu o líder ucraniano em sua conta no Telegram. Do lado romeno, o presidente do país, Klaus Iohannis, descreveu como “crimes de guerra” os ataques da Rússia a portos civis e silos de grãos ucranianos às margens do Danúbio, perto da fronteira romena. “Os contínuos ataques da Rússia contra a infraestrutura civil ucraniana no Danúbio, nas proximidades da Romênia, são inaceitáveis”, declarou o chefe de Estado romeno no Twitter.

*Com informações das agências internacionais

 

 

 

 

Fonte: Jovem Pan

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