O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de denúncia de corrupção passiva, em caso envolvendo a denúncia de pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, acionista da J&F. A decisão ocorreu na manhã desta quinta-feira, 27, de forma unânime, e confirma o entendimento da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, já havia absolvido o político e outro três envolvidos no ano passado. “A simples detenção de uma função não pode lançar o agente nas teias do injusto penal da corrupção. Deve, pois, haver uma relação de causa e efeito entre o ato e a ocupação funcional do agente”, escreveu o juiz federal Ali Mazloum na decisão de primeira instância. Além de Aécio, a irmã dele, Andrea Neves, também foi absolvida.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, apresentada em 2017, o político mineiro teria recebido, quando ocupava cargo no Senado Federal, R$ 2 milhões de Joesley para atuar em favor da empresa JBS no Congresso Nacional. O caso veio a tona após o empresário entregar à Procuradoria-Geral da República uma gravação que mostraria o pedido da propina. "Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança", propôs Joesley. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c…", teria respondido Aécio, como mostrou o site da Jovem Pan. Ainda de acordo com o MPF, o pagamento teria ocorrido em quatro parcelas de R$ 500 mil e recebido por Frederico Pacheco e Mendherson Lima, também absolvidos pelo TRF-3.
Fonte: Jovem Pan