Após desfiliação em 2018, bandeira dos Estados Unidos voltou a ser hasteada na sede da agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) nesta terça-feira, 25. A primeira-dama norte americana, Jill Biden, participou da cerimônia simbólica e afirmou que “os maiores desafios do nosso tempo não podem ser resolvidos a partir do isolamento”. “O presidente Biden está consciente de que, se queremos criar um mundo melhor, os Estados Unidos não podem fazer isso sozinhos, mas devemos ajudar a abrir o caminho. É por isso que estamos tão orgulhosos de fazer parte da Unesco novamente”, disse ela que representou seu país na ocasião. Os EUA já haviam recuperado oficialmente seu estatuto de membro da Unesco em 10 de julho, mas este momento celebrou a reintegração de um Estado que figura entre os fundadores e maiores contribuintes da instituição.
Esta foi a segunda vez que os Estados Unidos se desvinculou da Unesco, a primeira ocorreu em 1984, sob a presidência de Ronald Reagan. Há cinco anos, Donald Trump acusou a agência da ONU de adotar repetidamente posições anti-israelenses. No contexto atual, a encontro de hasteamento da bandeira tornou-se um apelo ao multilateralismo. "Neste tempo de desunião, de divisão, de ameaça existencial à humanidade, reafirmamos hoje e aqui nossa união", enfatizou Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco. "A injustiça e a corrupção, a pobreza e a fome, as catástrofes climáticas e as doenças são coisas que não estão contidas nas fronteiras. Alguns dos maiores desafios do nosso tempo não podem ser resolvidos a partir do isolamento", reafirmou a primeira-dama americana. “Claro que temos que cuidar de nossos próprios cidadãos. Mas também fazemos parte de uma comunidade global.” Como professora, Jill enfatizou a primazia da educação para criar um futuro melhor.
A primeira-dama desembarcou em Paris na última segunda-feira, 24, porém sua agenda política começou no dia seguinte com uma visita à Brigitte Macron no Eliseu e a cerimônia na Unesco. A viagem à França continuará na quinta-feira, 26, com uma visita pelas regiões de Normandia e Bretanha, locais emblemáticos da participação dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Ela ainda irá ao Mont Saint-Michel, cuja abadia completa mil anos em 2023.
Fonte: Jovem Pan