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Heroína do Brasil na estreia do Mundial, Ary Borges teve infância difícil e já trocou São Paulo pelo Palmeiras

Ary Borges foi a estrela do Brasil na goleada sobre o Panamá, nesta segunda-feira, 24, em jogo válido pela primeira rodada da Copa do Mundo Feminina.

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Ary Borges foi a estrela do Brasil na goleada sobre o Panamá, nesta segunda-feira, 24, em jogo válido pela primeira rodada da Copa do Mundo Feminina. Além de marcar três gols e assumir a artilharia do Mundial disputado na Austrália e Nova Zelândia, a meio-campista deu uma assistência de calcanhar para Bia Zaneratto. Iluminada, a jovem de 23 anos é peça-chave no esquema de Pia Sundhage e precisou passar por diversos obstáculos até assumir o protagonismo na seleção brasileira. Natural de São Luís, no Maranhão, a garota teve uma infância humilde, sendo criada pela avó na capital maranhense. Ary só foi conhecer aos pais aos 10 anos, quando decidiu viver com eles em São Paulo em busca de uma vida melhor. Na capital paulista, mostrou seu talento diante de meninos mais velhos e foi levada pelo pai até o Centro Olímpico, onde atuou nas categorias de base e, posteriormente, fez sua estreia no profissional.

Em 2017, quando tinha apenas 18 anos, Ary Borges foi contratada pelo Sport. No Leão da Ilha, a meio-campista foi bicampeã pernambucana e chamou atenção do São Paulo. No time paulista, a jovem chamou muita atenção, recebeu a camisa 10 e ganhou mais protagonismo no cenário nacional. Após completar a temporadas 2019 em alta, no entanto, a meia preferiu não renovar com o Tricolor por questões salariais. Mesmo se declarando são-paulina, a maranhense acertou sua ida para o Palmeiras em 2020, irritando dirigentes e torcedores tricolores. A opção pelo Verdão, porém, deu certo e fez com que a joia desse um salto na carreira. No Verdão, a garota foi campeã da Libertadores da América e passou a ser convocada para defender a seleção brasileira principal. Em duas temporadas pelo Alviverde, ela somou 36 gols em 84 partidas. No início deste ano, Ary acertou sua transferência para o Racing Louisville, dos Estados Unidos.

Fora de campo, Ary Borges é conhecida por sua personalidade forte e pela voz ativa por melhorias no futebol feminino. Em 2019, logo após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, a jovem concedeu entrevista ao site da Jovem Pan e cobrou investimento na modalidade. “A questão é investimento. Tive uma discussão outro dia com alguns rapazes…Eles acham que a gente quer dinheiro, acham que a gente quer dinheiro no nosso bolso. Ninguém quer receber a mesma coisa. Isso não vai acontecer, é impossível.. A gente quer dinheiro na modalidade. Você vê que os meninos têm sub-8, sub-11 , sub-12, sub-14, juvenil, aspirantes… Olha o tanto de categoria”, opinou Ary. “Já as meninas começam com 14 ou 15 anos de idade. É complicado começar a fazer mais tarde o que os meninos já fazem com 7 ou 8. Eu acho que o que falta é obrigar os clubes a ter sub-11, investir na modalidade. Se não vai por amor, vai pela dor. Precisa de um calendário maior, fazendo com que a modalidade cresça, mesmo sem publicidade e marketing”, continuou. os dias atuais, a maranhense permanece usando suas redes sociais e entrevistas para pedir mais infraestrutura e organização.

Dia inesquecível

Logo após a vitória sobre o Panamá, Ary Borges não escondeu a emoção e comemorou a fantástica estreia em Copas do Mundo. “Nem nos meus melhores sonhos. Hoje foi um dia especial. Fique feliz, ansiosa, chorei… Foi um misto de emoções. Não poderia imaginar que seria assim. Fiquei feliz pelos três gols, mas mais ainda pela grande partida que o Brasil fez”, disse a jovem, que igualou os feitos de Pretinha, Sissi e Cristiane – as outras jogadoras que marcaram três vezes em um Mundial pela seleção brasileira. “É uma honra participar desse seleto grupo de jogadoras”, declarou Ary, que ainda exaltou Marta. “Hoje, tenho a honra de jogar com a maior de todas. Ela é a maior representante de líder. Ela é um exemplo para a gente. Admiramos muito. Mais um dia especial. Vou poder contar para os meus filhos.”

Ary foi substituída pela Rainha do Futebol no segundo tempo. Após o confronto, Marta tratou de exaltar a companheira de seleção. “Feliz demais por ela. Fazer três gols numa estreia não é tão fácil. Ela ainda deu uma assistência, ou seja, foram quase quatro gols. Fico honrada de entrar no lugar dela. Fiquei até mais tranquila por entrar num jogo praticamente definido. Nós fomos para cima, tentamos fazer mais. As meninas que entraram também queriam fazer um golzinho, o que é normal. Mostramos um trabalho coletivo e espero que seja assim a Copa inteira”, declarou a seis vezes melhor do mundo.

 

Fonte: Jovem Pan

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