Um incêndio que já dura seis dias na ilha grega de Rodes resultou na "maior operação de evacuação já realizada na Grécia". Mais de 30 mil pessoas já deixaram o local e centenas de turistas aguardavam neste domingo, 23, no aeroporto internacional de Rodes à procura de voos de volta para casa. No entanto, várias companhias suspenderam os voos em direção à ilha. O fogo se alastrou pelo sudeste de Rodes, uma ilha no Mediterrâneo que possui 100 mil habitantes e está situada no arquipélago do Dodecaneso. Apoiados por cerca de 50 caminhões, dez aviões Canadair e oito helicópteros, mais de 250 bombeiros continuaram a combater as chamas, alimentadas por ventos de 50 km/h. Foram relatados 46 novos incêndios em 24 horas, de acordo com a corporação de bombeiros. No sábado, 22, cerca de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e hotéis devido ao avanço dos focos. Os turistas evacuados passaram a noite em ginásios, escolas ou centros de conferências. "Esta é a maior evacuação já realizada na Grécia (…). Correu tudo bem. Todos, principalmente os turistas, cumpriram nossas ordens", afirmou a porta-voz da polícia, Konstantia Dimoglidou.
No total, 12 cidades foram evacuadas, incluindo Lindos, um dos principais destinos turísticos da ilha. As chamas atingiram a cidade de Laerma na noite de sábado, queimando várias casas e uma igreja. O fogo também se espalhou também para Kiotari e Gennadi Lardos. Paul F., um alemão de 23 anos, contou que ele e sua amiga estavam dormindo na praia, quando despertaram e perceberam que estava deserta. Correram para o hotel e fizeram suas malas enquanto na recepção, toalhas úmidas eram distribuídas para que os hóspedes se protegessem da fumaça. "Estava tão quente e a fumaça era tão densa que não aguentaríamos mais de dez minutos", contou. Eles deixaram o local de ônibus. De acordo com as autoridades, ainda serão necessários vários dias para controlar as chamas, agravadas por fortes ventos. Desde o início do verão, temperaturas extremas atingiram grande parte do hemisfério norte. Segundo previsões de especialistas, julho pode se tornar o mês mais quente já registrado na história.
*Com informações da AFP.
Fonte: Jovem Pan