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Política

Lula quer enviar contraproposta à UE nas próximas semanas

Antes de deixar a Bélgica em direção à África, nesta quarta-feira, 19, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que uma contraproposta sobre o acordo comercial entre os blocos deve ser enviada pelo Mercosul à União Europeia em um prazo de duas a três semanas.

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Antes de deixar a Bélgica em direção à África, nesta quarta-feira, 19, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que uma contraproposta sobre o acordo comercial entre os blocos deve ser enviada pelo Mercosul à União Europeia em um prazo de duas a três semanas. Cobranças ambientais travam a finalização do tratado, que Lula disse conter "ameaças" na versão mais recente proposta pelos europeus.

“A resposta brasileira está sendo discutida entre os quatro países (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e, em duas ou três semanas ,entregaremos a proposta à União Europeia”, disse Lula em uma entrevista coletiva em Bruxelas.

Como atual presidente do Mercosul, o mandatário brasileiro disse querer concluir o acordo até o final de 2023, quando termina seu mandato à frente do grupo. E voltou a chamar de “agressiva” a versão apresentada em março pela UE. O petista também contesta pontos do texto que exigem que empresas estrangeiras sejam contratadas para compras governamentais, o que poderia prejudicar a indústria nacional.

“Não aceitamos a carta adicional da UE. É impossível imaginar que entre parceiros históricos, como nós, alguém faça uma carta com ameaças. Preparamos nossa resposta e acreditamos que a UE concordará com ela”, afirmou.

Durante a cúpula dos países latino-americanos e caribenhos (Celac) e da UE encerrada nesta terça-feira, 18, em Bruxelas, o presidente francês, Emmanuel Macron, minimizou as críticas do Mercosul e negou a intenção europeia de “ameaçar” os latinos. Lula enfatizou a preocupação ambiental de seu governo na maioria de suas falas durante o evento.

UE e Mercosul anunciaram em 2019, após duas décadas de negociações, um princípio de acordo, mas o processo ficou estagnado porque os europeus exigem um capítulo adicional ao acordo sobre questões ambientais.

Fonte: Jovem Pan

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