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Jens Stoltenberg

G7 promete apoio militar de longo prazo à Ucrânia, mas não agrada a Zelensky, irredutível sobre ingresso na Otan

Em meio à pressão do presidente Volodymyr Zelensky para o ingresso da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os países do G7 – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – prometeram nesta quarta-feira, 12, fornecer apoio militar de longo prazo à Ucrânia, o que foi aceito pelo líder ucraniano, porém, ele deixou claro que essa ação não substituí a adesão à Otan.

Em meio à pressão do presidente Volodymyr Zelensky para o ingresso da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os países do G7 – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – prometeram nesta quarta-feira, 12, fornecer apoio militar de longo prazo à Ucrânia, o que foi aceito pelo líder ucraniano, porém, ele deixou claro que essa ação não substituí a adesão à Otan. As promessas do G7 não devem ser vistas como uma substituição da Otan, “mas como garantias de segurança no nosso caminho à integração”, disse Zelensky em coletiva de imprensa, junto com o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg. “A melhor garantia para a Ucrânia é fazer parte da Otan”, insistiu o presidente ucraniano. Na terça-feira, 11, no primeiro dia da cúpula em Vilnius, a Otan prometeu que convidará a Ucrânia a entrar para a aliança quando todos os aliados estiverem de acordo e “as condições forem cumpridas”, sem oferecer um cronograma detalhado para concretizar o objetivo.

As sete potências mais avançadas anunciaram que trabalharão com a Ucrânia “em acordos e compromissos de segurança específicos, bilaterais e de longo prazo para garantir uma força sustentável capaz de defender a Ucrânia agora e dissuadir a agressão russa no futuro”. Isso inclui “assistência de segurança e equipamentos militares modernos, nos domínios terrestre, aéreo e marítimo, priorizando defesa aérea, artilharia e dispositivos de longo alcance, veículos blindados e outras capacidades essenciais”, indicaram os membros do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá). Eles também anunciaram seu apoio para desenvolver “a base industrial de defesa da Ucrânia, treinamento e exercícios de treinamento para as forças ucranianas, além do intercâmbio de inteligência e cooperação”. Também apoiarão “as iniciativas de defesa cibernética, segurança e resiliência, inclusive para lidar com ameaças híbridas”.

volodymyr zelensky

Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa durante o concerto #UkraineNato33 para a Ucrânia na Praça Lukiskes durante a cúpula da OTAN em Vilnius, Lituânia "EFE/EPA/FILIP SINGER

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs um modelo para a Ucrânia similar ao que seu país mantém com Israel, que inclui o compromisso de US$ 3,8 bilhões (mais de R$ 18 bilhões) em ajuda militar durante uma década. Os países ocidentais já enviaram armas avaliadas em dezenas de bilhões de dólares à Ucrânia para ajudar o país a lutar contra a invasão russa. O governo da Alemanha anunciou na terça-feira que fornecerá mais tanques, sistemas de defesa antimísseis Patriot e veículos blindados avaliados em mais 700 milhões de euros. A França revelou o envio de mísseis de longo alcance do tipo SCALP e uma coalizão de 11 nações informou que começará a treinar pilotos ucranianos em caças F-16 a partir de agosto.

Expansão da Otan é uma ameça para Rússia

A Rússia vê esses anúncios do G7 como uma ameaça ao seu país. Este plano de compromissos vai minar a segurança da Rússia e tornará a Europa “muito mais perigosa por anos e anos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitryi Peskov. Em coincidência com a reunião de cúpula, as tropas russas executaram pela segunda noite consecutiva um ataque com drones contra Kiev e sua região, anunciou o comandante da administração militar da capital ucraniana nesta quarta-feira. “Todos os drones explosivos Shahed, de fabricação iraniana, foram detectados e destruídos”, afirmou Sergiy Popko no Telegram. “Não há informações sobre vítimas e danos no momento”.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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