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Censo 2022: 57% da população reside em apenas 319 dos 5.570 municípios

De acordo com os primeiros dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 28, a maior parte da população do país (57% do total) habitava apenas 319 municípios em 2022, o que, de acordo com a publicação, “evidencia que as pessoas estão concentradas em centros urbanos acima de 100 mil habitantes”.

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De acordo com os primeiros dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 28, a maior parte da população do país (57% do total) habitava apenas 319 municípios em 2022, o que, de acordo com a publicação, “evidencia que as pessoas estão concentradas em centros urbanos acima de 100 mil habitantes”. Entre os 5.570 municípios, 2.495 (44,8%) registraram até 10 mil habitantes, o que revela um total de apenas 12,8 milhões de pessoas em quase metade dos municípios brasileiros. Segundo o Censo, os 20 municípios mais populosos do país concentravam 22,1% do total da população e 17 deles são capitais, exceto Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A capital paulista aparece em primeiro lugar no ranking, com 11,5 milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Brasília (2,8 milhões).

Por outro lado, três municípios registraram menos de mil habitantes: Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833 pessoas, Borá, em São Paulo (907), e Anhanguera, em Goiás (924). Os 20 municípios com menos habitantes concentravam apenas 0,01% da população total em 2022. Entre os municípios de mais de 100 mil habitantes, os que registraram maior aumento percentual na população são Senador Ganedo, em Goiás, que passou de 84,4 mil residentes, em 2010, para 155,6 mil, em 2022 (crescimento de 84,3%), e Fazenda Rio Grande, no Paraná, cuja população era de 81,7 mil e chegou a 148,9 mil (82,3%). Já os municípios com população acima de 100 mil pessoas que tiveram maior retração populacional foram São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que chegou a 896,7 mil habitantes (queda de 10,3%), Salvador (-9,6%) e Itabuna (-8,8%), ambos na Bahia. A capital baiana passou de 2,7 milhões de habitantes para 2,4 milhões no período entre 2010 e 2022.

Em números absolutos, as três cidades acima de 100 mil habitantes que registraram maior aumento populacional são capitais. O primeiro lugar ficou com Manaus, no Amazonas, que passou de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um aumento de 261,5 mil pessoas em 12 anos. Nesse período, a população de Brasília teve uma adição de 246,9 mil pessoas, enquanto o crescimento de São Paulo foi de 197,7 mil habitantes. Entre as reduções, considerando os números absolutos, aparecem Salvador, com retração de 257,7 mil pessoas e São Gonçalo (-102,9 mil), municípios que também se destacaram na redução percentual entre aqueles com mais de 100 mil habitantes. A capital do Rio de Janeiro foi o segundo município que mais perdeu população desde 2010, com um decréscimo de 109 mil pessoas.

O diretor de geociências do IBGE, Claudio Stenner, destacou que a redução do número de habitantes nas metrópoles é algo inédito no país. “Muitas vezes o município núcleo da metrópole, daquela concentração urbana, perde população, mas as cidades vizinhas ganham. Isso tem a ver com o espalhamento do tecido urbano para além dos limites municipais. Isso quer dizer que há expansões novas, até pelo esgotamento de área desse município. É uma parte importante da explicação desse fenômeno”, disse o pesquisador à Agência de Notícias do IBGE.

São Paulo é o maior Estado; Roraima, o menor

O levantamento ainda aponta que o Estado de São Paulo permaneceu no topo do ranking dos Estados mais populosos do país, com uma população registrada de 44,4 milhões de habitantes. Desta forma, cerca de um quinto da população brasileira (21,8%) vivia no Estado em 2022. O IBGE aponta que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente, seguem como os Estados mais populosos do país. Juntos, os três concentravam 39,9% da população brasileira. Roraima também manteve o posto de Estado menos populoso no levantamento, com 636,3 mil habitantes. Ainda assim, o Estado apresentou a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830 mil).

Entre as taxas de crescimento anual, 14 Estados e o Distrito Federal registraram aumento populacional acima da média nacional (0,52%) em 2022. Além de Roraima (2,92%), que passou de uma população de 450.479, em 2010, para 636.303 em 2022, destacaram-se no índice Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%). Entre os estados que menos cresceram (com variação de 0,1% ou menos) está o Rio de Janeiro (0,03%), o terceiro mais populoso do país. A população fluminense passou de 15,9 milhões, em 2010, para 16,1 milhões, em 2022. Os demais foram Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%).

Fonte: Jovem Pan

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