A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou neste domingo, 25, uma investigação oficial sobre as causas da implosão do submersível Titan, que desapareceu há uma semana, durante expedição ao Titanic, com cinco pessoas a bordo. Em entrevista coletiva, o contra-almirante John Mauger explicou que a Guarda Costeira convocou oficialmente uma comissão de investigação marítima sobre a perda do submersível. A comissão tentará responder às razões da tragédia e terá poderes para fazer recomendações às autoridades competentes sobre a imposição de sanções civis ou penais. A investigação será conduzida pelo capitão Jason Neubauer, que explicou entrevista coletiva que o principal objetivo é “evitar que algo semelhante aconteça” no futuro, fazendo “as recomendações necessárias para melhorar a segurança marítima em todo o mundo”. Em 23 de junho, um dia após ter se concluído que o submersível implodiu e que todas as pessoas a bordo estavam mortas, a Guarda Costeira declarou o fato “um incidente marítimo grave” e decidiu lançar “uma investigação comumente conhecida como MBI”, que é “o nível mais elevado de investigação conduzido pela Guarda Costeira”, explicou.
O MBI, disse Neubauer, está atualmente na sua “fase inicial de coleta de provas”, com a recuperação dos destroços da implosão em coordenação com as autoridades canadenses. Na sexta-feira, o Canadá também tinha anunciado o lançamento de uma investigação, que será conduzida pelo Escritório de Segurança dos Transportes do Canadá (TSB, na sigla em inglês) sobre o acidente com o submersível Titan. O TSB é o responsável por analisar todos os acidentes de transporte ocorridos no Canadá ou que envolvam veículos e navios canadenses. Após a coleta de provas, Neubauer afirmou que será realizada uma “audiência pública formal” para reunir depoimentos de testemunhas adicionais, a fim de determinar a causa deste incidente marítimo. Um relatório final será então emitido e compartilhado com as autoridades marítimas nacionais e internacionais para “ajudar a melhorar” o quadro de segurança das operações com submersíveis. Em comunicado, a empresa Pelagic Research Services, proprietária do veículo operado remotamente (ROV) que encontrou o naufrágio na quinta-feira, 22, confirmou que foram efetuados quatro mergulhos até o momento. “Continuamos trabalhando incansavelmente no nosso papel de apoio a esta missão”, disse Ed Cassano, diretor-executivo da Pelagic Research Services.
Fonte: Jovem Pan