O partido de direita de Kyriakos Mitsotakis, atual primeiro-ministro da Grécia, venceu com folga as eleições legislativas deste domingo, 25, conquistando uma maioria absoluta que lhe permitirá um novo mandato como prêmie. O partido Nova Democracia (ND), no poder de 2019 até o fim de maio, teve 40,5% dos votos, mais do que o dobro do partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, que obteve 17,8%, segundo resultados baseados na apuração de mais de 90% dos colégios eleitorais. O resultado garantiria à direita 157 das 300 cadeiras do Parlamento grego, unicameral, segundo analistas. Desta forma, Mitsotakis voltaria a ocupar o cargo de primeiro-ministro, o qual teve que deixar no fim de maio, antes das eleições. "O povo nos deu um mandato forte para avançarmos rumo às grandes mudanças de que o país necessita", festejou o político, 55, perante militantes do seu partido. “O Nova Democracia é o partido de centro-direita mais forte da Europa!”, exclamou Mitsotakis, do lado de fora da sede do partido, em Atenas.
Quatro anos após chegar ao poder, eles melhoraram seus resultados frente a 2019, quando obteve 39,85% dos votos. Oito partidos teriam superado a barreira de 3% para entrar no Parlamento, entre eles o Spartiates, de extrema-direita, apoiado por Ilias Kassidiaris, ex-líder do partido neonazista Amanhecer Dourado, que está preso. A vitória eleitoral deste domingo dará ao vencedor um bônus de 50 deputados na câmara (de um total de 300), o que poderia ajudar Mitsotakis de forma decisiva. Filho de um ex-premier e tio do atual prefeito de Atenas, Mitsotakis não deixou de ostentar seu balanço econômico, marcado por um crescimento de 8,3% em 2021 e 5,9% em 2022, com o desemprego em queda. Durante sua campanha, Mitsotakis prometeu aumentos salariais, principalmente para as pessoas de menor renda, principal preocupação dos gregos, em um contexto de custo de vida elevado. O líder conservador também prometeu realizar contratações em massa no setor público de saúde, afetado por uma escassez grave de recursos desde a crise financeira e os programas de austeridade impostos a numerosos serviços públicos.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan