Algumas horas após Yevgeny Prigojin, líder do Grupo Wagner, que estava ajudando a Rússia na guerra na Ucrânia, anunciar que estava recuando da rebelião que tinha iniciado contra Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, informou que o processo criminal que tinha sido aberto contra ele vai ser arquivado. “O processo contra ele será retirado. Irá para Belarus”, informou, acrescentando que “ninguém irá julgar os combatentes, levando em conta seus méritos na frente” do conflito com a Ucrânia. Prigojin partirá para Belarus sem processo criminal aberto contra ele, nem contra seus homens. Peskov também informou que soldados vinculados ao grupo paramilitar que não participaram da rebelião deverão assinar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia, passando a responder diretamente à cadeia de comando militar russa. Desde a noite de sexta-feira, 23, o grupo mercenário se rebelou contra o governo russo após culparem o Ministério da Defesa da Rússia de atacar acampamentos do grupo, levando à morte de diversos integrantes da organização. Prigozhi prometeu retaliação e iniciou a rebelião contra o governo de Vladimir Putin, prometendo, inclusive, depor o comando militar do país. Eles estavam a caminho da capital depois de anunciarem que tomaram o controle da cidade de Rostov. O ato obrigou o Kremlin a reforça a seu segurança. Putin classificou a ação como “uma punhalada nas costas”.
No meio da tarde de sábado, Prigojin cancelou a rebelião, alegando que era para evitar um banho de sangue. Porém, ainda não está claro se a saída do Grupo Wagner do território é parte dos termos negociais para garantir o cessar-fogo entre militares e paramilitares, mas, houve uma conversa entre os dois lados, com mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. O governo russo confirmou que um acordo foi firmado. “O principal objetivo era evitar um banho de sangue e confrontos com resultados imprevisíveis”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, assinalando que este também foi o objetivo da mediação do líder bielorrusso, Alexander Lukashenko. Apesar das desavenças que foram registradas entre a noite de sexta-feira e o dia de sábado, Dmitri Peskov informou que o “motim frustrado” não vai afetar a ofensiva na Ucrânia que se encaminha para o segundo ano. “A operação militar especial continua. Nossos militares conseguiram repelir a contraofensiva ucraniana”, disse.
Fonte: Jovem Pan