O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 23, que se encontrará com Xi Jinping, presidente da China, em um “futuro próximo” e garantiu que ter chamado o líder “ditador” não prejudicou as relações bilaterais. Biden fez essas declarações em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi na Casa Branca. Um repórter perguntou a Biden sobre os comentários feitos em evento de angariação de fundos na terça-feira, quando se referiu ao líder chinês como “ditador”, a primeira vez que um presidente dos EUA se referiu a Xi dessa forma. Questionado sobre se os seus comentários afetaram as relações com Pequim, Biden disse que “não” e manifestou o seu desejo de se encontrar com Xi em breve. “Estou ansioso para me encontrar com o presidente Xi em um futuro próximo, e não creio que (esses comentários) tenham tido quaisquer consequências reais”, afirmou. Biden contou que a recente visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à China foi construtiva e serviu para melhorar as relações entre os países.
Durante a sua visita, Blinken se encontrou com Xi, entre outros altos funcionários do governo chinês, e expressou o desejo de Washington de manter as linhas de comunicação com Pequim abertas para evitar que a concorrência entre as duas nações se transforme em um conflito com consequências globais. China e EUA viveram um período de grandes tensões durante a gestão de Donald Trump (2017-2021), quando ambos os países se envolveram em uma guerra comercial com a imposição mútua de tarifas. No entanto, houve uma reaproximação quando Biden e Xi se reuniram em novembro de 2022, em meio ao G20, em Bali.
No entanto, as relações voltaram a azedar depois de que a gestão Biden abateu um suposto balão “espião” chinês que sobrevoou os Estados Unidos no final de janeiro e caiu nas águas do Oceano Atlântico em 4 de fevereiro. Este incidente levou Blinken a cancelar uma viagem então programada à China, mas Washington espera que as relações melhorem com a recente visita do secretário de Estado, a primeira de um chefe diplomata dos EUA desde 2018.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan