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Oceano Atlântico

Mulher do piloto do submersível desaparecido é descendente de casal morto no naufrágio do Titanic

Wendy Rush, esposa do CEO da OceanGate, Stockton Rush, que é um dos tripulantes do submersível Titan, desaparecido no Oceano Atlântico desde domingo, 18, quando realizava uma expedição ao Titanic, é descendente de um casal que morreu no naufrágio em 1912, informou o jornal norte-americano ‘The New York Times’.

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Wendy Rush, esposa do CEO da OceanGate, Stockton Rush, que é um dos tripulantes do submersível Titan, desaparecido no Oceano Atlântico desde domingo, 18, quando realizava uma expedição ao Titanic, é descendente de um casal que morreu no naufrágio em 1912, informou o jornal norte-americano ‘The New York Times’. Wendy é tataraneta de Isidor e Ida Straus, duas das pessoas mais ricas a bordo do navio em sua primeira viagem, e que ficaram conhecidos por sua história de amor, inclusive eles aparecem no filme. Sobreviventes do Titanic, relataram que Ida recusou um assento em um bote salva-vidas – mulheres e crianças foram prioridades durante a fuga da embarcação – para ficar com o marido, com quem era casa há 40 anos. Os dois foram vistos de braços dados no convés do Titanic enquanto o navio afundava. O corpo de Isidor foi encontrado cerca de duas semanas após o naufrágio, já os restos de Ida nunca foram localizados. Wendy e Stockton se casaram em 1986, e a mulher participou da expedição três vezes, segundo publicações nas redes sociais. Ela atua como diretora de comunicação da OceanGate.

A divulgação dessa informação acontece em um momento crítico das buscas pelo submersível desaparecido há quatro dias, pois se estimava que o oxigênio reserva se esgotasse nesta quinta-feira. Até o momento não houve indícios de onde a embarcação pudesse estar, a única coisa captada até o momento foram ruídos subaquáticos que podem indicar que os tripulantes estão vivos e que o submersível está próximo da superfície, porém, a origem dos sons ainda é desconhecida. Mesmo em um momento crítico das buscas, as operações de resgate ainda continuam e não há informação de paralisação. Na noite de quarta-feira, o Victor 6.000, um robô francês que pode chegar até 6.000 metros de profundidade, chegou para ajudar nas buscas.

CEO debochou da segurança do Titan

Em 2019, Stockton debochou da necessidade de segurança do submersível, dizendo que a segurança é apenas puro desperdício. “Você sabe, em algum momento, a segurança é apenas puro desperdício. Quero dizer, se você só quer estar seguro, não saia da cama, não entre no seu carro, não faça nada. Em algum momento, você vai correr algum risco, e é realmente uma questão de risco-recompensa”, disse o CEO da OceanGate. A declaração foi dada durante participação no programa Unsung Science, do jornalista David Pogue, da CBS, que participou da expedição ao Titanic no ano passado. Na ocasião, Stockton também informou que a indústria de submersíveis como “obscenamente segura” e reclamou que a regulamentação para este tipo de embarcação de passageiros atrasa a inovação. A empresa chegou a ser alertada, em 2018, por um ex-funcionário sobre problemas de “controle de qualidade e segurança” no submersível Titan, segundo documentos judiciais obtidos pela imprensa americana, obtidos pela com a revista ‘The New Republic’. Porém, a questão foi ignorada e David Lochridge, então diretor de operações marítimas da empresa, foi demitido e processado por supostamente divulgar informações confidenciais sobre o Titan. Lochridge havia informado que os passageiros corriam perigo conforme o veículo atingisse temperaturas mais profundas por conta da pressão sobre a estrutura do Titan. Outros funcionários também levantaram preocupações sobre a recusa da empresa em conduzir testes críticos e não destrutivos do Titan.

 

Fonte: Jovem Pan

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