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Jornal da Manhã

Apesar da queda na inflação, corte nos juros só deve ocorrer no 2º semestre, apontam economistas

No mercado financeiro o clima é de expectativa, e até de apreensão, com relação à reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem, que vai decidir sobre a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75%, uma das maiores de todo o planeta.

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No mercado financeiro o clima é de expectativa, e até de apreensão, com relação à reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem, que vai decidir sobre a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75%, uma das maiores de todo o planeta. Dentro do Governo Federal existe a pressão para que o Banco Central (BC) seja sensível e comece um processo de redução da taxa básica de juros. No entanto, alguns analistas e especialistas apontam que o BC deve analisar vários fatores externos e internos como núcleo de inflação, índice de difusão e pressões futuras para definir a taxa básica ideal para a economia brasileira. Nessa semana, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em tom irônico, chegou a pedir uma salva de palmas à futura decisão que será tomada pelo Copom. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também tem falado sucessivamente sobre as condições dadas para a redução da taxa básica de juros.

Economistas apontam que, na reunião da semana que vem, o Copom deve manter a taxa em 13,75%, mas colocar na ata a intenção de corte para a reunião seguinte. Em entrevista à Jovem Pan News, o economista da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Comércios (CNC), Fábio Bentes, lembra que no primeiro semestre a atividade econômica foi bem lenta, bem devagar e que o corte na Selic deve ocorrer a partir do segundo semestre: “Qualquer medida de flexibilização da política monetária só deve ocorrer na sexta reunião desse ano, que ocorre no mês de setembro, em que pese o fato de que a inflação tem desacelerado, ainda há pressões inflacionárias no horizonte, principalmente no que se refere a preços de combustíveis. Portanto, o início do processo de flexibilização da política monetária só deve causar algum impacto positivo na economia no final de 2023”.

Ao longo dos últimos dias, métricas de inflação como o IPCA do IBGE e o IGP da Fundação Getúlio Vargas mostraram tendência de desaceleração e até taxas negativas. A cotação do dólar também tem contribuído bastante para alimentar a expectativa com relação à taxa básica de juros, pois opera abaixo dos R$ 5,00, um patamar bem mais baixo do que na virada de 2022 para 2023. O professor e economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) do Rio de Janeiro, Gilberto Braga, deu sua opinião sobre qual deve ser a posição do Copom com relação à taxa básica de juros: “Indicadores estão todos favoráveis tendenciados a isso, PIB com crescimento acima do esperado, inflação declinante e juros dos Estados Unidos estáveis. Todo esse conjunto de fatores sinaliza que, na próxima reunião do Copom, apesar de se esperar que a Selic ainda seja mantida, ele já deverá sinalizar na sua ata que deverá começar o ciclo de baixa a partir da reunião de agosto”. A reunião do Copom acontece na terça-feira, 20, e na quarta-feira, 21, da semana que vem.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

Fonte: Banda B

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