Ao menos 59 pessoas morreram, e mais de 100 foram resgatadas, após o naufrágio de uma embarcação com migrantes perto da península do Peloponeso, sul da Grécia, informou a Guarda Costeira nesta quarta-feira, 14. A embarcação, que estava com centenas de migrantes, de acordo com uma fonte do Ministério das Migrações, afundou em águas internacionais, a 47 milhas náuticas (87 quilômetros) da costa grega. Após uma ampla operação, dificultada pelos fortes ventos, 104 pessoas foram resgatadas. Quatro delas estavam em condição crítica e foram transportadas de helicóptero para um hospital de Kalamata, no sul do Peloponeso. O número de mortos pode aumentar, segundo a Guarda Costeira, que já atualizou duas vezes o balanço da tragédia.
As autoridades gregas informaram que, no momento do naufrágio, nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas. Um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira, mas os passageiros “rejeitaram a ajuda”, de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas. A operação de resgate teve a participação das patrulhas da Guarda Costeira, de uma fragata da Marinha, de um avião e um helicóptero da Força Aérea, além de seis barcos que já estavam na região. “A partir das primeiras horas da quarta-feira, uma grande operação de resgate foi iniciada em Pilos, depois que um barco de pesca naufragou com um grande número de migrantes a bordo”, afirmou a Guarda Costeira.
Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades. Também nesta quarta-feira um veleiro em dificuldades, com 80 migrantes a bordo, que navegava nas proximidades de Creta, também foi resgatado e rebocado pela Guarda Costeira até o porto de Kaloi Limenes, no sul da ilha, perto da Líbia, informou a polícia portuária grega. Grécia, Itália e Espanha são os principais destinos de dezenas de milhares de pessoas que tentam chegar à Europa, partindo da África e do Oriente Médio. Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é uma rota frequente de imigrantes procedentes da vizinha Turquia. O país enfrenta crescentes tentativas de entrada por vias próximas das ilhas Cíclades a até o Peloponeso, para evitar as patrulhas no Mar Egeu, mais ao norte, cenário de muitos naufrágios, muitas vezes fatais. A Grécia é acusada, com frequência, de rejeitar “ilegalmente” a presença de barcos de migrantes.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan