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Senadores avaliam dar apoio formal a pacto de governadores contra covid

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Na conversa realizada pelos líderes do Senado, os congressistas discutiram assinar o documento que deve formalizar o pacto, como forma de mostrar apoio aos executivos estaduais. A informação foi confirmada pelo líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN). Segundo ele, um das falas mais incisivas da reunião foi a do senador Renan Calheiros (MDB-AL), líder da maioria na Casa, que defende a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tenha como objetivo investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia.

"Renan [Calheiros] fez uma fala muito incisiva ao final [da reunião] dizendo que teríamos que nos engajar, buscar assinar o documento junto com os governadores por sermos representantes das unidades da federação. Eu defendi também que o Senado precisa se posicionar mais fortemente em relação aos conflitos jurisdicionais", disse Jean Paul, ao citar os casos em que governador e prefeitos têm editado decretos conflitantes sobre medidas restritivas.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN)

Waldemir Barreto/Agência Senado

A discussão começou porque os governadores cobram o Ministério da Saúde pela falta de vacinas e tentam forçar Brasília a facilitar negociações diretas entre Estados e laboratórios. Segundo apurou o Valor, a ideia dos governadores é formular um documento único para promover medidas restritivas idênticas de maneira simultânea em todos os Estados. Não se trata de um “lockdown nacional”, como secretários de Saúde chegaram a pedir ao ministério.

Embora epidemiologistas recomendem que as restrições sejam feitas de acordo com a situação de cada local, os governadores entendem que um pacto nacional desse tipo pode ter um "caráter educativo" para que a população entenda a gravidade da situação no momento. Os gestores creem que faltou por parte do governo federal essa iniciativa de conscientizar a população.

Além disso, ao agirem de maneira conjunta, os governadores diluem o peso político de adotarem medidas restritivas. Bolsonaro vem criticando abertamente as restrições impostas localmente, no que é apoiado por boa parte da população. A postura do presidente é vista como uma das causas da indisciplina de brasileiros que, assim como ele, continuam participando de aglomerações e evitando o uso de máscaras.

Fonte: Valor Invest

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