Mais de 150 mil alunos da rede estadual de ensino participaram da 18ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Em todo o estado, quase 340 mil alunos de 880 escolas públicas e privadas estiveram presentes na primeira fase da competição, cujas provas foram aplicadas em todo o país nesta terça-feira (30).
Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a olimpíada visa estimular o interesse pela matemática bem como descobrir talentos entre os estudantes da Educação Básica. Em Alagoas, a competição é organizada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), secretarias municipais de Educação, Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e rede particular de ensino. Pela rede estadual de ensino, foram inscritos na primeira fase 151.360 estudantes de 279 escolas, o que representa pouco mais de 45% do total de inscrições.
Em Alagoas, a competição é organizada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Foto: Ana Paula Lins
Benefícios
Nesta primeira fase, os alunos concorrem entre si e os 5% melhores classificados de cada escola avançam para a segunda fase, cujas provas acontecem em outubro. Nesta etapa, a concorrência será em nível nacional. O coordenador estadual da OBMEP, Adelailson Peixoto, enumera os benefícios de se conquistar uma medalha na olimpíada.
"Dentre os vários atrativos da OBMEP estão o Programa de Iniciação Científica (PIC), onde o medalhista ganha uma bolsa de R$ 300 mensais. E quando ele chegar à universidade, também poderá ser contemplado com bolsas de mestrado. Além disso, temos ainda bolsas e formações para os professores", explica.
A OBMEP contribui para a melhoria da Educação. Foto: Ana Paula Lins
O superintendente de Ensino Médio da Seduc, Ricardo Lisboa, diz que a OBMEP contribui não só para a identificação de talentos da matemática, mas também ajuda a fortalecer a formação de professores. "Além disso, iniciativas como o Professor Mentor e os projetos que temos junto à Fapeal no PIBIC Jr ajudam a engajar ainda mais as escolas nas olimpíadas de conhecimento", pontua.
Para Jacielma Leite, superintendente de Desenvolvimento do Ensino Infantil, Fundamental e de Políticas Educacionais da Seduc, a OBMEP contribui para a melhoria da Educação. "Ela possibilita aos estudantes o acesso a um material didático de qualidade e o aprofundamento em matemática", observa.
Medalhistas
Estudantes da rede estadual que foram medalhistas em 2022 e fizeram a prova da OBMEP novamente este ano se mostram otimistas em relação ao seu desempenho em 2023. É o caso de Amon Chalegre, estudante da Escola Estadual Moreira e Silva, no Cepa. Aluno da 2ª série do ensino médio, Amon é bimedalhista de bronze – ganhou em 2019 e 2022 – e almeja voos mais altos.
"Estou participando do PIC e do projeto do Novo Ensino Suplementar, o NES, ambos e, por isso, sinto-me mais preparado. Além disso, tenho todo o apoio e incentivo de meus professores aqui no Moreira", comenta. Segundo o jovem, o segredo para ganhar uma medalha é a dedicação. "É preciso dar o seu melhor, mas também gostar de matemática. O esforço vale muito a pena, pois as medalhas me abriram muitas portas", afirma Amon.
Amon Chalegre é bimedalhista de bronze – ganhou em 2019 e 2022 – e almeja voos mais altos. Foto: Thiago Ataíde
Quem também espera bons resultados é Mariana Lins, aluna da Escola Estadual Fernandes Lima, no Sítio São Jorge, em Maceió. Aluna da 8ª série do ensino fundamental, Mariana, aos 13 anos, já é uma veterana com conquistas em olimpíadas como a de Astronomia (OBA), Ciências (ONC) e a própria OBMEP, onde, em 2022, obteve a medalha de prata.
"Gostei da prova esse ano e espero ter um bom resultado. Este ano, participarei de várias olimpíadas, pois eu me divirto estudando para elas e aprendo coisas novas. Além disso, sei que elas me ajudarão no futuro", conta a jovem.
Mariana Lins: "Gostei da prova esse ano e espero ter um bom resultado". Foto: Ana Paula Lins