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Não temos condições de oferecer segurança aos cidadãos, afirma prefeito de Criciúma

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A cidade de Criciúma, em Santa Catarina, foi vítima de uma “noite de terror” na madrugada desta terça-feira, 1º. Durante duas horas, cerca de 50 criminosos fortemente armados isolaram as entradas do município em uma ação que envolveu o roubo de uma agência bancária na região central da cidade. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, avaliou os prejuízos da ação e deu detalhes sobre a atuação do grupo criminoso. Segundo ele, tanto a Polícia Militar quando a Polícia Civil, assim como “toda a inteligência da segurança do Estado”, trabalham no caso. No entanto, na avaliação de Salvaro, nem mesmo o Exército Brasileiro teria condições de “enfrentar pessoas tão bem preparadas”.“Nunca assisti um filme com imagens tão terríveis como estas da minha cidade na noite de ontem. Foi realmente algo terrível. Não sei se tem algum estado se tem condições de enfrentar tamanha organização, não sei se o Exercito teria essas condições. Não temos condições de oferecer segurança ao cidadão, não temos condições de enfrentar pessoas tão bem preparadas. Se eles quisessem explodir a cidade teriam explodido”, afirma.

Clésio Salvaro conta que a ação dos criminosos envolveu uso de 12 veículos e contou com a participação estimada de 50 pessoas. Funcionários da Prefeitura de Criciúma foram feitos de refém pelo grupo, mas todos foram liberados após uma hora sem ferimentos. Segundo o prefeito, os assaltantes isolaram áreas próximo a uma agência do Banco do Brasil, principal alvo da ação, e distribuíram bombas com artefatos explosivos pela cidade. Salvaro afirma que a polícia local não trocou tiros com os integrantes da quadrilha, seguindo um protocolo que buscava “preservar a vida do cidadão comum”. “A vida das pessoas tem que ser colocado em primeiro lugar. Não é possível fazer trocas de tiros com as calçadas cheias de gente. É uma ação que você não sabia se tinha 10, 40 ou 50 marginais, se eram 10 ou 12 carros e eles estavam fortemente armados. Você vai trocar tiros com os marginais, eles vem para roubar e para matar. Entendo como prefeito da cidade que o protocolo de segurança foi correto. Agora, a polícia vai atrás para capturar esses bandidos. Eu ficaria ainda mais triste se tivéssemos perdido algumas pessoas, uma bala perdida matado uma criança, um pai, uma mãe, teríamos perdido mais do que dinheiro: a vida. O dinheiro será recuperado porque acredito no trabalho da polícia”, garantiu.

De acordo com o prefeito, embora o alvo da quadrilha fosse a agência do Banco do Brasil, lojas e demais comércios pelas ruas do município foram alvejados para distrair a polícia, assim grandes quantias de dinheiro foram jogas nas vias da cidade para atrair a população e atrapalhar o deslocamento policial. Agora, segundo Clésio Salvaro, em parceria com o governado do estado de Santa Catarina, com a secretaria de Segurança Pública e com prefeitos de cidades vizinhas, as autoridades trabalham para identificar, por meio de gravações das câmeras espalhadas pelo município, os possíveis participantes do crime. O prefeito estima que o grupo estuada a cidade há algumas semanas.“Não se faz uma ação tão bem orquestrado apenas pensando um ou dois dias. Eles estão há semanas na cidade de Criciúma. Com as câmeras de segurança a gente vai poder identificar pelo menos de onde vieram esses marginais. O sotaque daqueles que não é sotaque de catarinense, talvez gaúcho ou paranaense. Agora, cabe a polícia fazer o seu trabalho. Polícia Civil, Polícia Militar, Bope, toda inteligência está muito envolvida na busca desses marginais”, finalizou. O episódio em Criciúma acontece 07 dias após a “madrugada de terror em Araraquara”, cidade do interior de São Paulo. Na ocasião, o grupo de criminosos também assaltaram uma agência bancária na região central do município. Trocou tiros com os agentes de segurança, forte armamento e preparação da quadrilha estão entre as semelhanças dos episódios. Até o momento, não há confirmações de prisões ou identificações de participantes dos ambos assaltos.

 

Fonte: Jovem Pan

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