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Segurança

Região do Grande Rio tem 14 crianças baleadas em apenas quatro meses

Dados do Instituto Fogo Cruzado apontam que, em apenas quatro meses, 14 crianças foram baleadas no Grande Rio.

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Dados do Instituto Fogo Cruzado apontam que, em apenas quatro meses, 14 crianças foram baleadas no Grande Rio. Dessas 14 vítimas, dez foram atingidas por balas perdidas. A vítima mais recente foi Lohan Samuel, de 11 anos, morto com um tiro na barriga, no último sábado (29), no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, zona norte do Rio.

Segundo familiares, ele e a irmã de criação, Kailany Vitória Fernandes, de 19 anos, estavam no portão de casa, na localidade conhecida como Praça do Areal, quando foram atingidos por disparos. A polícia investiga o que motivou as mortes - se o ataque faz parte da guerra entre quadrilhas rivais. Testemunhas contaram que homens em uma moto passaram atirando.

No mês em que se comemora o Dia das Mães, Amanda Nunes, mãe de Lohan, fala sobre a dor de perder o filho:

"Acabei de ver meu filho dentro de um caixão. Meu filho tinha o sonho de ser jogador de futebol. Uma criança muito animada, muito criança mesmo... não tinha maldade. Teve uma criação diferente. Eu sou mãe solteira, criei meu filho sozinha. O sentimento que eu estou agora não é de dor, nem de perda. É de impunidade, de raiva. Muita raiva. Eu não consigo chorar. Eu quero justiça, eu quero que alguém fale o que houve com meu filho".

Silvia Ramos é cientista social e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. Ela vê com preocupação a escalada da violência no estado.

"O que nós estamos vendo, com estes números, é que há, no Rio de Janeiro, já, há muitos anos, uma política permanente de combater violência com violência. Frequentemente, muito frequentemente, quem fica no meio dessas situações é uma população que não tem nada a ver com isso".

E complementa que são necessárias ações de inteligência e planejamento no combate ao crime:

"Além das mortes em si, nós temos traumas psicológicos. Nós temos uma sociedade que está traumatizada. Isso já chegou em um ponto limite no Rio de Janeiro, porque nós temos políticas de segurança que nunca conseguiram desarmar criminosos, que estão altamente equipados. O que a gente quer é políticas de inteligência e de investigação. Isso é possível de ser feito e é isso que o Rio precisa".

No sábado, uma outra vítima da violência: a advogada Helen Bittencourt Perrone, de 52 anos, voltava de uma festa com o marido e a filha quando foi morta, vítima de bala perdida, na Avenida Brasil, na altura de Santa Cruz, na zona oeste.

Segurança Rio de Janeiro 03/05/2023 - 15:02 Leila dos Santos / Nathália Mendes Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional instituto fogo cruzado vítimas de balas perdidas quarta-feira, 3 Maio, 2023 - 15:02 3:03

Fonte: Agência Brasil

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