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Mion critica fala de Lula sobre pessoas com deficiência: "Absurdo, me senti atingido"

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O apresentador de televisão Marcos Mion utilizou as suas redes sociais para publicar um vídeo em que manifesta críticas sobre o posicionamento recente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da população com deficiência. Segundo o petista, “pessoas com deficiência mental têm um problema de desequilíbrio de parafuso”. A fala foi realizada na última quarta-feira, 19, durante reunião com ministros e governadores sobre prevenção de violência nas escolas. Mion considerou a fala capacitista, ou seja, que discriminatória contra pessoas com alguma deficiência, além de ter utilizado uma expressão ultrapassada, na visão do apresentador, já que o termo “deficiente mental” passou a ser tratado como “deficiente intelectual”. “Temos de nos policiar, de aprender, de nos adequar. Isso não só é muito pejorativo, quanto incentiva outras pessoas que continuem usando esses termos, que precisam ficar no passado. Sem contar a enorme quantidade de brasileiros que não tem acesso à informação, daí chega o presidente e fala isso. A gente aqui lutando pela aceitação, conscientização, normatização de todas essas condições, noite e dia. Essa pessoa sem informação pode olhar para seu filho com deficiência intelectual e perder as esperanças, porque se o presidente diz que ele tem um parafuso desequilibrado, para que ela vai continuar lutando?”, questionou Mion.

Na reunião em questão, o mandatário falava sobre o ataque escolar ocorrido em Blumenau, Santa Catarina, no início do mês. Na ocasião, um homem invadiu uma escola infantil e assassinou quatro crianças com um machadinho. O caso ocorreu nove dias após um aluno de 13 anos esfaquear e matar uma professora em uma unidade de ensino infantil em São Paulo. “A OMS (Organização Mundial de Saúde) sempre afirmou que na humanidade deve ter cerca de 15% de pessoas com algum problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, se pegar 15% disso, significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problemas de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça”, afirmou o petista. Mion, no entanto, considerou a fala um “absurdo” e sem embasamento científico. “Como pai de um autista, eu me sinto atingido. E falo como parte da comunidade autista, que lutamos contra todos os preconceitos, contra o capacitismo, 24 horas por dia. É um trabalho incansável de gerar informação e conteúdo para, quem sabe, um dia, elevar a conscientização a um nível tão alto que vai existir apenas empatia e respeito”, finalizou. O apresentador é pai de Romeu, um adolescente de de 17 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de se posicionar em assuntos que tratam sobre o tema.

 

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Uma publicação compartilhada por Marcos Mion (@marcosmion)

Fonte: Jovem Pan

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