O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Alagoas (Sindpol) realizará uma assembleia geral para a categoria decidir sobre o indicativo de paralisação por tempo indeterminado nesta sexta-feira (05), às 13 horas, no Clube de Engenharia. Os policiais civis também decidirão sobre a entrega das chefias e definição de uma comissão de fiscalização da paralisação.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, revela que a categoria está há mais de três anos negociando, e o governador Renan Filho não se reuniu com o Sindpol para concluir as negociações.
O dirigente também disse que, na única audiência de negociação, realizada em 7 de outubro de 2020, o governador havia se comprometido a agendar uma reunião com os secretários e o Sindpol para concluir as negociações no dia 30 de outubro, mas acabou ignorando a luta da categoria, e não voltou mais a sentar com o Sindpol. "Devido a esse não cumprimento da palavra do governador, Sindpol convocou a categoria com o indicativo de paralisação por tempo indeterminado", revela Ricardo Nazário.
O Sindpol vem solicitando intervenção de todos os meios políticos para sensibilizar o governador. "O governador tem que entender que a Polícia Civil é uma peça fundamental da Segurança Pública, e a instituição policial sucateada só favorece o aumento dos crimes, deixando impune os criminosos porque o papel dos policiais civis é investigar a criminalidade", disse o sindicalista.
Atualmente os agentes e escrivães de Polícia recebem o pior piso salarial de nível superior da Segurança Pública de Alagoas. A categoria de nível superior está percebendo piso salarial pior que o policial militar, que é nível médio, além de ocupar a segunda posição de pior piso do Brasil. Os policiais civis também acumulam perdas salariais de mais 20%.
