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Saúde

Em um ano, AL registra aumento de 33% nos casos de meningite; infectologista alerta para importância da vacinação

Fernando Maia
Fernando Maia

Em 2022, Alagoas registrou 64 casos e 10 óbitos por meningite em Alagoas, o que representa um aumento de 33% em relação ao mesmo período de 2021, que teve 48 casos. Os dados foram disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Os dados apontam ainda que em 2023, no período de janeiro a março, Alagoas teve 10 casos e um óbito. Quando comparado ao mesmo período em 2022, o estado apresenta estabilidade com o mesmo número de casos e mortes.

"Pode causar surtos e epidemias"

Ao CadaMinuto, o infectologista Fernando Maia explica que a meningite é causada por bactérias, vírus e fungos. De acordo com ele, a doença consiste na inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro por fora. "A inflamação dessas membranas faz a doença conhecida como meningite", explica o infectologista.

Ainda conforme o médico, entre as meningites bacterianas mais comuns estão a meningite pneumocócica e a meningite meningocócica, que é uma das formas mais graves da meningite bacteriana e pode levar à morte.

"Pode causar surtos e epidemias e evoluir de forma muito rápida e fatal, infelizmente. Por isso o temor que as pessoas têm dessa doença", alerta o infectologista.

Sintomas

Febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo são os principais sintomas da doença. "Além disso, é comum o paciente apresentar sinais como a rigidez de nuca, que é quando o pescoço fica endurecido, indicando a inflamação dentro do sistema nervoso central", explica.

O infectologista reforça ainda que a prevenção é o método mais eficaz para combater a bactéria. "para a doença meningocócica e a pneumocócica já há vacina disponível na rede pública e as crianças já são normalmente vacinadas contra esses sorotipos", conclui.


Vacinação

De acordo um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi identificada uma queda alarmante na adesão de algumas vacinas. Entre as citadas está a meningocócica C, que alcançou 74,78% de cobertura para seu público-alvo.

A enfermeira da Gerência de Imunização da SMS, Jéssica Soares, esclarece que o aumento do número de crianças não vacinadas leva à maior possibilidade da disseminação da doença.

"A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença. A pessoa vacinada estará protegida contra o sorotipo ao qual a vacina confere imunidade", reforça a enfermeira.

Ela informa ainda que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) também está disponibilizando a vacina meningocócica C para crianças até 10 anos de idade não vacinadas e para trabalhadores da saúde.

Acesso à vacinação em Maceió

Com exceção da vacina BCG – que é aplicada em 4 unidades referenciadas, devido ao prazo de validade após abertura do frasco – as vacinas pertencentes ao Calendário Básico de Vacinação da criança podem ser encontradas em todas as salas de vacinação do Município, de segunda a sexta-feira.

A vacinação das crianças também pode ser realizada em pontos fixos ou itinerantes, com horários diferenciados.

Confira os locais

Saúde da Gente Infantil e Mulher (das 8h às 20h, de domingo a domingo)

CAT Praia (das 15h às 21h, de domingo a domingo) – Público a partir dos 12 anos.

Brota na Grota (visitas domiciliares, de segunda a quinta-feira)

Documentação exigida

Para receber as vacinas, seguras e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o público-alvo deverá apresentar a caderneta vacinal no ato da imunização e documento de identificação. Crianças devem comparecer aos locais de vacinação acompanhadas dos pais ou responsável.

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