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crise na Venezuela

Venezuela volta a cobrar por serviços públicos devido à crise

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O governo da Venezuela pretende aumentar progressivamente as tarifas de serviços públicos, sendo que alguns deles são gratuitos há anos. Nesta segunda-feira, 1, por exemplo, o metrô de Caracas começou a cobrar depois de passar dois anos operando gratuitamente. Um milhão de pessoas que utilizam esse meio de transporte na capital terão que aderir aos chamados “cartões inteligentes”, em que os passageiros pagam 900 mil bolívares (US$ 0,50) pelas primeiras 20 viagens e 20 mil bolívares (US$ 0,01) pelos embarques seguintes. O metrô continuará sendo o meio de transporte mais barato do país, mas o preço do cartão equivale à metade do que cerca de 10 milhões de venezuelanos ganham por mês como salário mínimo ou aposentadoria.

O governo já tinha tentado pelo menos duas vezes aumentar as tarifas do transporte subterrâneo, mas os preços fixados foram engolidos pela hiperinflação e pela desvalorização diária da moeda venezuelana em relação ao dólar. O metrô ficou vários meses sem funcionários nos postos de atendimento, e nos últimos anos tem registado uma degradação das instalações, que inclui a falta de iluminação e de limpeza, a diminuição do número de vagões disponíveis, falhas elétricas e aumento da insegurança.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem insistido nas últimas semanas na necessidade de honrar as tarifas dos serviços públicos, e disse acreditar que a população está disposta a pagar pela melhoria no fornecimento de energia elétrica e da velocidade da internet. Embora as contas estaduais de eletricidade, gás doméstico, internet e água potável sejam inferiores a US$ 10 por mês, pelo menos no caso de uso residencial, esses serviços apresentam falhas diárias que têm causado inúmeros protestos em todo o país. Os provedores particulares de telefonia, internet e limpeza urbana começaram a aumentar suas tarifas quase que mensalmente, enquanto, segundo estimativas, cerca de 80% da população continua na extrema pobreza, vivendo com menos de US$ 10 por mês.

*Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan

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