Nesta sexta-feira, 31, o programa Morning Show recebeu o deputado federal Carlos Jordy. Em entrevista, ele comentou sobre o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na liderança da oposição contra o atual governo federal. “De fato, ele é o líder da oposição. Temos líderes no Congresso Nacional, eu sou na Câmara e existe [líder] no Senado, que é o Rogério Marinho. Porém, a maior figura de oposição no país é o presidente Jair Bolsonaro, ele teve 58 milhões de votos, é a pessoa que mobiliza multidões, expoente do conservadorismo, do movimento que engloba conservadorismo e patriotismo. Ele tem essa legitimidade para liderar, sim, a oposição”, afirmou. “A gente sabe que existem pessoas que são de outro espectro mais liberal, centro-direita, que às vezes não enxergam essa liderança nele. Hoje, de fato, a maioria dos eleitores que tem uma visão antagônica a esse projeto de poder presidindo a República enxerga no presidente Bolsonaro a liderança de oposição. Ele tem o casco para isso, o prestigio. Ele tem muita humildade, por isso ele fala dessa forma, de que não vai liderar. Acaba sendo um grande garoto propaganda, até para as eleições municipais. As eleições de 2026 passam pela de 2024”, destacou.
Jordy ainda citou figuras da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu Zema. Para ele, a oposição deve se atentar a políticos para além de Bolsonaro. “Não enxergo que devemos somente focar no presidente Bolsonaro. Acho que ele é uma figura importantíssima para esse momento que vivemos, em que um projeto de poder já mostrou a que veio, vai nos aprofundar numa crise política muito grande. Um presidente que vai a todo momento fazendo ataques às instituições, ataque ao Banco Central, ataque ao agro brasileiro. Isso vai aprofundando o país numa crise. O presidente Bolsonaro tem esse papel, já que ele acaba fazendo uma oposição inevitável, até mesmo pelo resultado das eleições”, analisou. “Existem outros nomes fortes surgindo, que acabam contribuindo. É um exercito de soldados contra esse desgoverno. Pessoas estão sendo levantadas para serem grandes lideranças, o próprio Tarcísio e o Zema. Um papel fundamental para que daqui a 4 anos possamos ter um nome. Espero que seja ele [Jair Bolsonaro], mas existem diversas tentativas. Às vezes, falavam até mesmo de prisão do presidente Bolsonaro sem ter um crime. Acredito que possam tentar fazer com que ele fique inelegível”, complementou.
Na manhã da última quinta-feira, 30, Bolsonaro chegou em Brasília após passar cerca de três meses na Flórida, Estados Unidos. Para Jordy, a chegada do presidente mostrou sua capacidade de mobilização popular, mesmo com questões de locomoção que, segundo ele, atrapalharam a chegada de apoiadores. “Eu vi Brasília muito cheia. (…) Houve muita gente em Brasília, digo que tinham milhares [para recepcionar o ex-presidente]. Com certeza [já foi muito maior]. Deu uma diminuída de fato, não vou ser hipócrita. Já houve manifestações muito maiores quando ele era de fato presidente”, disse. “Muita gente não conseguiu chegar ao aeroporto pela organização do trânsito. Depois [apoiadores] foram até o local onde o presidente estava, na sede do PL. Tinham muitas pessoas indo, mas também houve uma mobilização do governo federal para impedir que houvesse. Meio que boicotaram para que não houvesse uma multidão no aeroporto. Vejo muitas pessoas com saudades do presidente Bolsonaro, do Brasil caminhando para um rumo muito melhor, embora muitos possam ter questionamentos. Ele foi muito desgastado, ele precisava desse tempo”, concluiu.
Confira na íntegra a entrevista com Carlos Jordy:
Fonte: Jovem Pan