O sistema de saúde público da Inglaterra divulgou nesta segunda-feira, 1, os resultados de um estudo preliminar sobre os efeitos da primeira dose das vacinas contra a Covid-19 que estão sendo utilizadas no país, a da Pfizer–BioNTech e a da AstraZeneca–Universidade de Oxford. A pesquisa apontou para uma redução em cerca de 80% da internação de idosos com mais de 80 anos e uma diminuição de aproximadamente 60% na aparição de sintomas da doença entre aqueles com mais de 70. A pesquisa ajuda a explicar porque as admissões de pessoas dessa faixa etária nas UTIs caíram significativamente nas últimas semanas e dá embasamento para a decisão do Reino Unido de atrasar a aplicação da segunda dose em até 12 semanas. O objetivo era conseguir alcançar um certo grau de imunidade da população o quanto antes, confiando que a primeira dose da vacina já daria um certo grau de proteção às pessoas. Até hoje, já foram administradas 20,27 milhões de vacinas, sendo que ao todo 815.816 pessoas receberam as duas doses.
Apesar de ter considerado os resultados do estudo preliminar “uma notícia extremamente boa”, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, demonstrou preocupação devido à detecção de seis casos da variante brasileira do novo coronavírus anunciada neste domingo, 28. Em entrevista coletiva, ele admitiu que a situação é “preocupante” devido a sua potencial capacidade de reduzir a eficácia das vacinas contra a Covid-19 que já foram desenvolvidas e estão sendo utilizadas na população britânica.