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Alagoas

SSP e Semudh reforçam atendimento especializado às mulheres vítimas de violência

Plataforma digital está disponível para download no Google Play e na Apple Store

Laboratórios de Genética e Química do Instituto de Criminalística da Polícia Civil têm exercido um importante trabalho no combate aos crimes contra mulheres
Laboratórios de Genética e Química do Instituto de Criminalística da Polícia Civil têm exercido um importante trabalho no combate aos crimes contra mulheres

O Governo de Alagoas tem intensificado cada vez mais as ações de atendimento especializado às mulheres vítimas de violência. O mecanismo criado em 2022 para ampliar essa rede de assistência é o aplicativo Salve Maria, que visa facilitar o registro de denúncias. A implantação da ferramenta no Estado é resultado de um acordo de cooperação técnica entre o Governo do Piauí e a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas (Semudh), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL).


A mulher que se sentir ameaçada ou estiver em situação de perigo pode buscar o auxílio das forças policiais por meio da plataforma, que está disponível para download no Google Play e na Apple Store.

Assim que a ocorrência entra no sistema do app, na opção "botão do pânico", ela é recebida pelos atendentes da Central 190, que direcionam para a mesa do operador responsável pelo patrulhamento da área onde o fato está sendo registrado. De imediato, as guarnições que estão nas proximidades são acionadas, com atendimento prioritário. Essa preferência ocorre também quando o fato é noticiado pelo próprio 190. Para garantir o funcionamento do mecanismo, os procedimentos técnicos foram adotados pela SSP, junto aos serviços das polícias Militar e Civil.

Disque-denúncia

O canal do Disque-denúncia, o 181, também tem recebido informações sobre casos de violência contra a mulher. Em julho do ano passado, a equipe fez parceria para receber informações deste tipo de ocorrências e encaminhá-las à Patrulha Maria da Penha. No total, já foram catalogadas 238 ocorrências.

De acordo com a coordenadora do serviço de atendimento, Eliane Araújo, elas também são tratadas com prioridade e as equipes são enviadas a campo rapidamente. "O nosso maior objetivo é preservar a vida das vítimas, e sabemos que lutamos contra o tempo, por isso é primordial que atuemos da forma mais rápida e eficiente possível", afirmou.

Atendimento humanizado

Além do 181 e do 190, a SSP também contribui com o atendimento humanizado das vítimas, em especial àquelas que sofreram violência sexual. O Corpo de Bombeiros Militar, por exemplo, criou um procedimento operacional padrão de assistência nas ocorrências, desde o recebimento da informação até o encaminhamento à unidade de saúde, caso seja necessário.

Os militares realizam o atendimento pré-hospitalar e já orientam às vítimas para preservar as possíveis provas de crime e como proceder junto às autoridades policiais. Os bombeiros também dão suporte emocional e atencioso.

Além desses serviços e das Salas Lilás, instaladas nos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisps), delegacias e no Instituto Médico Legal de Maceió, a SSP também implantou postos avançados no Hospital da Mulher, em Maceió, e na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, para o acolhimento necessário às vítimas de violência doméstica e sexual.

A implantação foi realizada pela Polícia Científica, em parceria com a Rede de Assistência às Vítimas de Violência Sexual (Ravs). O espaço oferece acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais e ginecologistas, além de contar com peritos e técnicas forenses para realização de exames com equipamentos de última geração e que podem comprovar crimes de abuso sexual. No local, a Polícia Civil também disponibiliza atendimento para registro de Boletim de Ocorrência.


Os Laboratórios de Genética e Química do Instituto de Criminalística da Polícia Civil também têm exercido um importante trabalho no combate aos crimes contra mulheres em Alagoas. As unidades realizam exames de confronto de DNA em amostras de material genético coletados nas vítimas com o de suspeitos do banco de perfil genético, como também exames toxicológicos para identificação de medicamentos ou qualquer outro tipo de entorpecente que, por ventura, tenha sido utilizado para facilitar a violência sexual.

"A violência contra a mulher é uma das principais barreiras que a sociedade vai ter que ultrapassar para se dizer minimamente digna e pacífica. A responsabilização dos agressores é o caminho para eliminar essa chaga social, e a Polícia Científica tem papel fundamental nisso," afirma o perito-geral Manoel Melo Filho.


Roberison Xavier / Ascom SSP

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