Na França, o Senado aprovou a proposta de reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron. A medida ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Nacional para ser colocada em prática, o que deve acontecer ainda nesta semana. Segundo a primeira ministra do país, Élisabeth Borne, um passo importante foi dado apesar da tentativa de obstrução da votação por alguns grupos políticos. Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a reforma no final de semana. As grandes manifestações com foco nessa questão ocorrem no país desde janeiro deste ano. Pesquisas indicam que dois terços dos franceses são contra o objetivo de aumentar a idade mínima de aposentadoria de 62 anos para 64 a partir de 2030. Na capital, Paris, muito lixo vem ficando acumulado nas ruas por causa de uma greve de garis. O ato já dura sete dias e não tem data limite. Ao todo, cinco mil toneladas de lixo não foram recolhidas na cidade. No norte da França, as greves dos trabalhadores bloqueiam o fornecimento de combustível para as refinarias. Centenas de pessoas queimaram pneus nas estradas para impedir a passagem de caminhões com fornecimento. O bloqueio foi desfeito pela polícia em seguida. Os sindicatos dos trabalhadores pedem diálogo com Macron, mas o governo vem se negando a discutir o projeto da reforma com o proletariado e afirma que não vai desistir do projeto de lei. A posição do presidente vem dificultando a situação e aumentando a tensão política.
*Com informações da repórter Malu Becari
Fonte: Jovem Pan