A Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou a Covid-19 como uma pandemia no dia 11 de março de 2020. Três anos depois, o Brasil contabiliza 699.300 mortos e mais de 37 milhões de infectados pela doença, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde. Apesar de não causar mais o colapso no atendimento em hospitais, o novo coronavírus ainda faz vítimas fatais: foram 330 na última semana epidemiológica, de acordo com números do DataSUS, o que mostra que ainda é necessária atenção à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença. Por conta disso, o Movimento Nacional pela Vacinação, criado pelo governo federal em 27 de fevereiro, está focando na imunização da Covid-19 por se tratar de uma emergência mundial. Depois de alta adesão inicial das 1ª e 2ª doses, a procura da vacina pela população arrefeceu. Atualmente, cerca de 68 milhões de pessoas estariam habilitadas para tomar a terceira dose não o fizeram.
No fim do mês passado, também foi iniciada a aplicação da vacina bivalente, responsável por proteger da cepa original e da variante Ômicron. A princípio, estão sendo imunizados os grupos prioritários: idosos, pessoas com imunossupressão, residente de instituições de longa permanência, funcionários destes estabelecimentos e indígenas com mais de 12 anos. Entretanto, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação dos cidadãos que não tomaram as doses de reforço nos últimos quatro meses. “O esquema vacinal primário completo, além da aplicação da dose de reforço, é fundamental porque, com o tempo, a proteção conferida pelas vacinas pode cair. Dessa forma, doses adicionais melhoram as respostas do sistema imunológico contra o vírus”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, que acrescenta: “busque a unidade de saúde mais próxima da sua casa para completar a vacinação”.
O incentivo pela imunização é uma das sete recomendações da OMS. Ainda tratando a pandemia como uma emergência, o órgão também instruiu seus estados membros a melhorar a notificação de dados, preparar-se para futuros surtos, dialogar com a comunidade e apoiar pesquisas para melhorar as vacinas. No final do ano passado, porém, a entidade alertou que o vírus não irá desaparecer e que governos e sociedades terão de conviver com a nova doença. “O vírus chegou para ficar. A questão é como vamos administrá-lo. Temos os instrumentos e conhecemos ele melhor. Mas também temos uma maior imunidade populacional, seja pela vacina ou por contaminação”, disse o diretor da agência, Tedros Ghebreyesus. “Está em nossas mãos acabar com a pandemia”.
Fonte: Jovem Pan