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PILAR

Grávida e bebê morrem em hospital e família denuncia negligência

Vítima, de 16 anos, estava grávida da primeira filha; ela deu entrada na unidade após forte dor de cabeça seguida de uma crise convulsiva de epilepsia

Adolescente estava grávida da primeira filha
Adolescente estava grávida da primeira filha

A família da adolescente Yasmin Micaelli da Silva Santos, de 16 anos, morta após dar à luz a primeira filha, que também morreu, alega que houve negligência nos atendimentos prestados pelo Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na cidade do Pilar, quando a vítima deu entrada na unidade com crises de epilepsia, na última terça-feira (7).

A família alega que a jovem deu entrada com vida no hospital, porém, foi negligenciada com a falta de um atendimento adequado, o que resultou na morte de Yasmin e da criança que esperava.

A mãe da adolescente, Flávia da Silva, contou à Gazetaweb que a filha teve uma gestação saudável, porém, na 37° semana, a menor procurou atendimento com suspeita de perda de líquido. "Foi uma gravidez boa. Porém, na 37° semana, ela perdeu líquido. Mas, no hospital, foi informado que não tinha sinal de dilatação. Ela nem chegou a ser medicada e, em seguida, liberaram a minha filha", falou.

Na terça-feira, já próximo ao nascimento da criança, Yasmin, com 39 semanas de gestação, teve uma forte dor de cabeça seguida de uma crise convulsiva de epilepsia e precisou ser levada ao Hospital Nossa Senhora das Lourdes. A mãe de Yasmin contou que a ambulância enviada pela unidade era pequena e que não possuía equipamentos para estabilizar a filha, o que a preocupou naquele momento. Já no hospital, faltou atendimento ágil, segundo Flávia.

"O hospital mandou uma ambulância pequena, sem oxigênio. Além disso, não foram enviados paramédicos e nem enfermeiros. No caminho, inclusive, minha filha teve uma crise e eu sozinha precisei acalmar ela", disse.

"Quando chegamos no hospital, ela teve outro ataque de epilepsia. Em seguida, levaram ela para a sala de pré-parto, onde mediram a pressão, que estava alta. Imediatamente, falaram para mim que iriam baixar a pressão dela para, assim, transferi-la para o HU, só que nesse tempo ela começou a convulsionar novamente. Foi daí que ela precisou dar à luz a minha neta, mas as duas não resistiram", acrescentou.

Flávia conta que a filha chegou viva ao hospital, porém, com a negligência médica e a falta de cuidado, sua filha e neta morreram. O prefeito da cidade, Renato Filho, chegou a contestar, nas redes sociais, a versão da família e disse que a adolescente chegou sem vida e que médicos ainda tentaram reanimar a jovem.

"Fizeram a cirurgia na sala de pré-parto. Eles mataram minha filha e minha neta. Afirmam que é um hospital atualizado, mas não tem um equipamento para uma gestante, não tem incubadora para colocar uma criança, não há médico qualificado ou um cirurgião 24h. O que aconteceu com minha filha pode acontecer com qualquer outra pessoa", lamentou Flávia.

Já Renato Filho escreveu que a gestante chegou em choque e que há dias sofria com dor de cabeça. Assim, foi feito todo o trabalho para reanimá-la, mas que a equipe médica não conseguiu.

No atestado de óbito da vítima, consta que Yasmin morreu devido à doença hipertensiva da gestação, mais conhecida como eclâmpsia. Porém, a mãe contesta o laudo.

"Ela nunca teve pressão alta. Ela foi vítima de negligência. Na sala de pré-parto ela demorou a ser medicada. E quando ela começou a ficar roxa, me tiraram da sala. Depois foi que veio a notícia da morte dela. E minha neta morreu em seguida, depois de 45 minutos", falou.

Flávia diz que quer Justiça e que vai procurar uma delegacia para confeccionar um Boletim de Ocorrência, para que a polícia investigue a situação.

O QUE DIZ O PREFEITO

Diante da repercussão do caso, o prefeito do Pilar, Renato Filho, negou que tenha ocorrido negligência no atendimento da jovem. Ele destacou que todo o suporte necessário foi disponibilizado para o parto dela, visto que o hospital dispõe de estrutura para a prática. O município também lamentou o ocorrido. Além disso, informou que vai dar o devido suporte à família da paciente.


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