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Mizuho vê dólar fechar 2021 abaixo de R$ 5 com arrefecimento da inflação nos EUA

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Tendência é que o ciclo de reativação da alta dos preços nos Estados Unidos seja temporário, o que reabrirá espaço para a valorização de divisas emergentes a partir de meados do ano O “reflation trade” — fenômeno no qual ativos financeiros precificam retomada da economia conjugada com alta da inflação — tem inibido as moedas emergentes a seguirem as altas dos preços das commodities no mercado internacional. Mas a tendência é que o ciclo de reativação da alta dos preços nos Estados Unidos seja temporário, o que reabrirá espaço para a valorização de divisas emergentes a partir de meados do ano, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Mizuho.

“A gente continua com o cenário de que mais para frente as divisas emergentes vão fechar o ‘gap’ com os preços de commodities, com a desaceleração da alta dos preços nos EUA”, diz o profissional. “Avaliamos que devemos ter reversão desse movimento de alta do dólar no curto prazo e, para o caso do dólar aqui, continuo vendo fechando o ano abaixo de R$ 5, mas é claro que isso envolve o avanço na agenda de reformas.”

Para Rostagno, a grande questão que determinará os rumos dos mercados globais é a qualidade da inflação americana. “Esse aumento da inflação vai ser limitado a um período? Ou vai ser mais duradouro? O Fed avalia que a inflação é temporária e ainda baixa, e, em parte, o que há hoje é um efeito estatístico. A nossa projeção é de que a inflação nos EUA deva subir até meados do ano e começar a arrefecer”, afirma ele.

Rostagno reconhece que a alta dos preços e o aumento das expectativas inflacionárias estão ocorrendo em diversas partes do mundo, com base no componente global da alta dos preços de commodities, cotados em dólar no mercado internacional. “Os ativos de risco nos últimos dias têm alimentado essas preocupações”, nota ele. “O México é um desses casos em que a inflação está acima da meta do banco central há algum tempo. Os núcleos da inflação lá estão resilientes.”

Ele avalia que a alta da inflação implícita desde novembro do ano passado relaciona-se com o cenário externo, em que a inflação implícita americana avança, mas também tem uma influência do cenário doméstico. “A inflação por aqui tem surpreendido para cima com a persistência da alta dos preço das matérias-primas e o dólar. Também tem o risco fiscal e os ativos embutem esse prêmio de risco. A inflação implícita em alta está relacionada a essa percepção crescente de riscos no Brasil.”

Desde a eleição americana, em 4 de novembro, a inflação embutida nas Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), títulos com rentabilidade atrelada à inflação acrescido de juros prefixados, com vencimento em 2030 passou de 4,23% para 5,04% até ontem, segundo dados compilados pelo Valor Data.

Fonte: Valor Invest

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