Um jovem reeducando foi encontrado morto e pendurado em uma das celas do Presídio de Segurança Máxima de Maceió, na manhã desta quinta-feira (09). Patrick Jovino da Silva tinha 27 anos e cumpria pena desde 2021, quando foi preso acusado de homicídio. Ele também era suspeito de crimes de roubo, tentativa de homicídio e tráfico de drogas.
O corpo do jovem foi encontrado por policiais penais, durante revista de rotina. Responsável pela administração do presídio, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou, ainda nesta manhã, que vai abrir um processo administrativo para apurar a morte do reeducando e que acionou a Coordenação Operacional da Polícia Penal, que tomou as providências necessárias.
Os Institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML) foram acionados ao presídio para os procedimentos de perícia e recolhimento do cadáver.
Sindicato diz que baixo efetivo facilita situações atípicas no presídio
Vitor Leite, do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasspen), destacou que o risco de casos como este é agravado no período da noite. "Fomos informados que [a morte] ocorreu hoje pela madrugada. Foi um suposto enforcamento, e aconteceu no momento que o nosso efetivo reduz pela metade, no período noturno. Porque tem a questão dos extras, que são apenas durante o dia agora, pois a Seris fez para atender a rotina durante o dia, mas esquece durante a noite e aumenta o risco desse tipo de evento acontecer com frequência", afirmou, acrescentando que a cela de Patrick Jovino estava superlotada. "Na cela que o preso morreu tinha 11 presos, quando a capacidade máxima são oito".
O TNH1 questionou à Seris sobre o efetivo e também sobre a denúncia de superlotação no presídio. As respostas serão acrescentadas nesta reportagem assim que forem recebidas.