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POLÍCIA

"Obcecado por ela": testemunha conta que suspeito de matar farmacêutica era violento com a vítima

Marcelle e Cicero Junior viveram um romance que acabou com a morte da mulher | Montagem TNH1
Marcelle e Cicero Junior viveram um romance que acabou com a morte da mulher | Montagem TNH1

"O Junior era obcecado pela Marcelle, e ela não queria mais o relacionamento porque ele era violento". A declaração dada com exclusividade ao TNH1 foi de uma testemunha, próxima à farmacêutica, que pediu para não ser identificada.

Marcelle Bulhões foi brutalmente assassinada a pedradas no Conjunto Village Campestre II, em Cidade Universitária, na madrugada da última quarta-feira, 08, mesma data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher. A testemunha também destacou que o homem já teria praticado dois homicídios e teria sido preso anteriormente por agredir a ex-companheira, com quem teria sido casado antes de se relacionar com Marcelle.

Em entrevista na manhã desta quinta, 09, a testemunha contou que Cícero Messias da Silva Junior, conhecido pelos moradores do conjunto como "Junior do Cavalo", trabalhava para Marcelle e cuidava dos cavalos que ela tinha em um terreno no mesmo bairro. Segundo ela, após separação dos antigos cônjuges, os dois iniciaram um romance e a farmacêutica resolveu acabar com o relacionamento meses atrás, decisão que não foi aceita pelo suspeito do crime.

"A gente sabia que ele tinha cometido dois homicídios no Village, e uma das pessoas era um homem, mas não sei quem era a outra pessoa. Quando ele era casado, ele batia na mulher dele. Ele chegou a ser preso, inclusive, e depois foi solto. Então ele já tinha praticado violência contra essa outra mulher. A Marcelle também já tinha o denunciado por violência. Já tinha prestado queixa porque ele era muito violento. Ela não quis mais manter o relacionamento por isso", contou.

Ainda de acordo com a testemunha, Cícero Junior teria invadido a casa de Marcelle momentos antes da discussão que terminou com a morte da farmacêutica. A mulher ainda informou que o ex-casal morava próximo um do outro e que a família do suspeito já teria tentado intervir na situação, conversando com Marcelle para que ela não voltasse a denunciar o ex-namorado, e pedindo também para que o homem a deixasse em paz.

"Ele era conhecido por todo mundo, falava com todos, mas o Junior era obcecado pela Marcelle, e ela não queria mais o relacionamento porque ele era violento. Como ele era funcionário dela, pois cuidava dos cavalos dela, ainda tinham um contato. Ela trabalhava o dia todo e chegava à noite, não fazia mal a ninguém, sempre foi uma pessoa muito boa, que gostava de ajudar, que mobilizava, buscava cesta básica para ajudar os mais necessitados. Está todo mundo arrasado, de luto mesmo", lamentou a testemunha, logo depois de voltar do sepultamento da farmacêutica.

Os vizinhos presenciaram Marcelle caída ao chão, depois do crime, na rua que estava cheia de metralhas de construção e pedras. Ela chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Marcelle deixou um filho, de 24 anos de idade.

O TNH1 entrou em contato com o delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios, que informou que as forças de segurança seguem em busca de Cpicero Junior. "Os detalhes e demais informações só com a conclusão do caso. Estamos em diligências nas ruas tentando efetuar a prisão do suspeito", explicou.

O feminicídio - A farmacêutica identificada como Marcelle Bulhões foi vítima de pedradas em frente a uma residência na Rua São Pedro, no Conjunto Village Campestre II, na Cidade Universitária, e morreu depois de ser encaminhada ao hospital. O crime em via pública na madrugada de quarta-feira, 08, e a morte da vítima foi causada por traumatismo cranioencefálico.

O Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) confirmou que uma equipe foi enviada para a localidade durante a madrugada e Marcelle já havia sido levada por populares para uma unidade de saúde. Ela estaria inconsciente no momento do socorro. O óbito foi confirmado pela equipe médica que atendeu a vítima.

Ainda segundo a Polícia Militar, conforme relatado pela população, o autor do crime, Cícero Messias da Silva Junior, teria retirado Marcelle de casa e tentado colocá-la dentro de um carro no momento da confusão. A mulher teria gritado por ajuda e, nesse momento, acabou atingida por pedras jogadas pelo homem. Depois do crime, ele fugiu.

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