A Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE) entrou com ação judicial solicitando indenização em mais de R$ 1 bilhão da Braskem por danos materiais em decorrência dos problemas de rachaduras em quatro bairros da capital. A ação foi ajuizada nesta sexta-feira (3).
De acordo com a procuradora-geral, Sâmya Suruagy, o processo contra a mineradora ocorre após estudos realizados ao longo dos cinco anos desde que o solo começou a afundar no bairro do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.
O problema fez com que milhares de pessoas saíssem de suas residências e buscassem outro lugar para morar.
"A procuradoria entrou com a ação por danos morais por tudo que o Estado deixou de ganhar com recolhimento de ICMS, fechamento de lojas e comércio, dentre outros aspectos", explicou a procuradora-geral.
Outro fator elencado por Sâmya Suruagy para justificar a ação judicial é que, segundo ela, o estado de Alagoas teve prejuízo com obras que precisaram ser paralisadas por causa do problema, como a do Eixo Viário no Cepa.
"Começamos a obra, contratamos empresa e não pudemos concluir", comenta.
Ela explica que o valor pedido da indenização pode ainda ser maior, por causa de prejuízos que o Estado ainda não conseguiu mensurar e que vai precisar da perícia judicial para contabilizar.