Nesta sexta-feira, 3, o ministro Fernando Haddad teve um encontro, em São Paulo, com movimentos sindicais e sociais para discutir o futuro da economia brasileira. Três pontos principais foram discutidos na reunião: a proposta de reforma tributária, a taxa básica de juros e o aumento do salário mínimo. Em relação à Selic, os movimentos sindicais se comprometeram a fazer manifestações no próximo dia 21 de março, quando será realizada a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir se haverá a manutenção da taxa de juros em 13,75%. A respeito da pauta salarial, sindicalistas revelaram à Jovem Pan News que farão negociações com o Governo Federal em Brasília no dia 13 de março para apresentar demandas dos trabalhadores. Os sindicatos defendem que o salário mínimo deveria chegar ao valor de R$ 1.382. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, o objetivo é construir uma política de valorização salarial para os próximos anos.
Com relação à reforma tributária, foi apontado que a aprovação do texto no Congresso Nacional deve ser prioridade para o governo, como comentou Nobre após a reunião: “Não pode ouvir só a Faria Lima, tem que ouvir também o movimento sindical e os trabalhadores. Deixamos isso muito claro a ele [Fernando Haddad]”. Já o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, opinou sobre a mudança na tabela do Imposto de Renda: “Precisamos discutir juntos como nós vamos tributar os super ricos, para que a gente possa fazer com que o povo brasileiro pare de pagar tanto imposto e os super ricos passem a pagar imposto”.
Um interlocutor do Ministério da Fazenda informou à reportagem da Jovem Pan News que serão criados diversos grupos setoriais e um assessor especial será destinado para tratar das demandas dos movimentos sociais e sindicais. Na avaliação da equipe do ministério, esta primeira reunião teve o intuito de que as entidades fossem ouvidas e informadas sobre os próximos passos do governo na economia.
*Com informações do repórter João Vitor Rocha
Fonte: Jovem Pan