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Jornal da Manhã

Maior bancada do Congresso, PL define estratégias para fazer oposição a Lula

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Com a maior bancada do Congresso Nacional, o PL de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro define estratégias para fazer oposição ao governo Lula. Uma reunião da sigla na sede do partido nesta quarta-feira foi uma oportunidade para que parlamentares reeleitos e os de primeiro mandato pudessem discutir prioridades da legenda. O encontro foi conduzido pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes. O general Braga Neto e outras vice-lideranças também marcaram presença. Segundo o deputado Nikolas Ferreira, a bancada aproveitou para definir o posicionamento em relação a assuntos que devem pautar o Congresso em 2023, como uma possível regulação das mídias, o fim da desoneração dos combustíveis e a instalação de uma CPMI para investigar ações e omissões do governo federal nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro.

A prioridade nas comissões temáticas, que devem ser definidas nos próximos dias, também foi motivo de debate. Pelo critério de proporcionalidade, o PL tem direito a mais comissões que outros partidos. Entretanto, por causa dos acordos feitos entre praticamente todos os partidos para reeleger Arthur Lira como novo presidente da Casa, a legenda deve abrir mão da presidência de comissões importantes como a de Constituição e Justiça (CCJ). Para o PL não perder espaço na Casa, a legenda pretende estar presente em todas as comissões. Além disso, quer comandar duas: a de Controle e Finanças e a de Segurança Pública. O que, do ponto de vista fiscalizador, vem a calhar com o posicionamento do partido. Como explica a deputada federal Carla Zambelli: “Uma das prioridades é a [Comissão de] Fiscalização e Controle, por ser a única comissão que você pode convocar qualquer ministro independente daquela comissão. Eu tenho quase certeza que o PL não abre mão dessa”.

Dentre os assuntos que pautaram a primeira reunião de trabalho esteve ainda o fortalecimento e a estruturação do partido. Não só a pauta legislativa como também vislumbrando as eleições municipais de 2024 em todo o país. Atualmente o PL tem 324 prefeitos, mas quer ter pelo menos 1 mil. A cidade de São Paulo é a mais almejada. E, durante a reunião, já ficou definido o nome do deputado federal Ricardo Salles como pré-candidato à prefeitura da capital paulista. “Com certeza, nós somos a candidatura do grupo do presidente Jair Bolsonaro. Esse é o nosso grupo, com muito orgulho nosso. São Paulo, ao que tudo indica, terá, de um lado, o deputado Guilherme Boulos, representando a esquerda e toda a visão do Boulos, que, na minha opinião, é a visão mais atrasada que poderia haver para a cidade de São Paulo. A nossa alternativa para a cidade de São Paulo é seguir o modelo de Nova Iorque. São Paulo adotar o modelo do prefeito Rudolph Giuliani [1994 a 2001], que foi um modelo de tolerância zero, de arrumar todas as janelas quebradas, em inglês esse é o nome do princípio que regia a administração dele e que resolveu os problemas da cidade de Nova Iorque. Uma cidade que colocou nas suas prioridades a lei, a ordem, o respeito à coisa pública, a intransigência contra todas as coisas erradas que aconteciam. São Paulo está precisando disso”, disse Salles após a reunião.

A reunião do PL também falou sobre outros assuntos polêmicos, mas o deputado Marco Feliciano ponderou dizendo que foi um encontro familiar, com direito a “lavar a roupa suja”. “Há uma conversação com todos para que cheguemos a um denominador comum. Denominador comum é: oposição. Se é oposição, temos que tomar posicionamento como oposição. Fizemos, hoje, inclusive alguns pedidos ao presidente. Um deles é que nós temos um membro da nossa família, do PL, que usa uma tornozeleira doença, e isso não é justo. Até porque quando um membro do corpo adoece, o corpo todo adoece. Então, pedimos que seja tomada uma providência junto ao presidente Arthur Lira, para que ele converse com o ministro do STF, para que algo aconteça”, disse. O deputado citado por Feliciano é Zé Trovão, eleito para o primeiro mandato. Ele teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em setembro de 2021 no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. Ele já cumpria a prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica quando se candidatou, e foi eleito com mais de 70 mil votos em Santa Catarina.

*Com informações da repórter Berenice Leite

Fonte: Jovem Pan

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