A tempestade Juliette levou frio intenso e neve à Espanha e provocou uma nevasca incomum em Maiorca e Barcelona, entre segunda e terça-feira, 28. As temperaturas despencaram para -16°C no interior do país. As Ilhas Baleares (leste), no Mar Mediterrâneo, e especialmente Maiorca, de clima geralmente ameno, são as mais atingidas pela passagem desta tempestade. “Muito notáveis foram as nevascas nas Ilhas Baleares, onde o nível foi de apenas 100 metros, e, em alguns pontos do norte de Maiorca, acumularam-se espessuras superiores a um metro em 24 horas, a partir de 800 metros de altitude, uma nevasca extraordinária”, comentou Rubén del Campo, da Agência Estatal de Metrologia (Aemet).
Maiorca também registrou fortes rajadas de vento, que chegaram a 117 km/h, segundo a Aemet, assim como chuvas recordes, com mais de 100 litros por metro quadrado em várias localidades, conforme noticiado pela imprensa local. As fortes chuvas podem estar por trás de vários deslizamentos de terra em Palma de Maiorca. O maior deles deixou um buraco de oito metros de diâmetro e quatro metros de profundidade em uma avenida da cidade. Também foram registradas incomuns nevascas ao nível do mar, em San Sebastián (norte) e em Barcelona (nordeste), atingindo a parte alta da cidade, assim como localidades costeiras ao sul da capital catalã. “Foi a nevasca mais intensa desde março de 2018” em Barcelona, afirmou Del Campo.
O chamado Triângulo do Frio, uma zona interior do centro-leste da Espanha, voltou a fazer jus ao nome, e Molina de Aragón, na província de Guadalajara, despertou nesta terça-feira com -16°C, enquanto Calamocha (Teruel) registrou pelo menos -11°C, segundo a Aemet. Na quarta-feira, 1, chega a primavera meteorológica — a astronômica será em 21 de março — , que começará com “temperaturas mínimas entre cinco e dez graus abaixo do normal na maior parte da península”, antecipou Del Campo. Praticamente todo o interior do país estará em alerta de frio amanhã e, nas Ilhas Baleares, persistirá o alerta pelos fortes ventos e ondas.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan