A residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi alvo de uma operação de agentes do Ibama nesta sexta-feira, 24. Torres, que está preso após suposta omissão nos atos de 8 de janeiro, mantém em sua casa, localizada em um condomínio na região do Jardim Botânico, em Brasília, uma área de criação de pássaros. A ação de fiscalização é o desdobramento de uma investigação iniciada em 2022 a partir da identificação de informações inconsistentes no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass). Na oportunidade, agentes ambientais do Ibama notaram que a marcação de uma ave mantida por um criador amadorista constava no sistema apenas como “anilha”. Ao buscar informações mais detalhadas, os investigadores constataram que a peça de identificação estava sob responsabilidade de Anderson Torres, embora a ave fosse mantida por outro criador. De acordo com o Ibama, a análise realizada no Sispass revelou ainda que o ex-ministro havia transferido todo o plantel que possuía para sua mãe e que ambos teriam ultrapassado o limite de transferência estabelecido para criadores amadoristas. “Ambos informavam o mesmo endereço nos respectivos registros de criação, também compartilhado por um criadouro comercial. Essa prática é proibida pela legislação”, informou o órgão em nota. Na ação desta sexta-feira, foram localizadas cerca de 60 aves mantidas no criadouro, uma delas com a pata mutilada. O Ibama disse que a equipe de fiscalização aplicou autuações, embargou a atividade e determinou por meio de notificação que sejam apresentadas informações sobre animais registrados no sistema que não foram encontrados no local. Torres responderá por utilizar animais em desacordo com a autorização obtida, pela inserção de dados falsos no sistema e por mutilação. A ação foi realizada em conjunto com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O site da Jovem Pan procurou a defesa de Anderson Torres, mas até o momento não obteve retorno.
Fonte: Jovem Pan