A Rússia lançou 32 mísseis e vários drones contra a Ucrânia nesta quinta-feira, 16. O ataque, que durou duas horas e cinco minutos, matou uma mulher de 79 anos e destruiu centenas de casas, além de atingir infraestruturas já danificadas na região de Lviv, informou o governador Maxim Kozitski, sem detalhar o que exatamente foi bombardeado. “De 01h40 a 03h45 de 16 de fevereiro, o inimigo lanço mísseis de cruzeiro aéreo e marítimos, mísseis ar-terra e mísseis anti-navios”, escreveu nas redes sociais Valeriy Zaluzhnyi, comandante das forças armadas da ucrânia. A Força Aérea informou que 16 dos 32 mísseis lançados durante a noite pela Rússia – a partir de aviões e de um navio no Mar Negro – foram derrubados. “Infelizmente aconteceram impactos nas zonas norte e oeste, assim como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovogrado”, informou no Telegram o chefe de gabinete da presidência da Ucrânia, Andrey Yermak. Ao mesmo tempo em que a Ucrânia foi atrasada e a guerra se encaminha para completar um ano, o fundador do grupo paramilitar russo Wagner acredita que a cidade de Bakhmut, epicentro dos combates no leste da Ucrânia, será conquistada até “março ou abril”, ao mesmo tempo que atribuiu a lentidão dos avanços da Rússia ao que chamou de “monstruosa burocracia militar”. “Acredito que acontecerá em março ou abril. Para tomar Bakhmut, nós precisamos cortar todas as rotas de abastecimento”, disse Yevgueny Prigozhin em vídeos publicados no Telegram na quarta-feira à noite. “Penso que já teríamos tomado Bakhmut se não fosse por esta monstruosa burocracia militar, criticou Prigozhin em outro vídeo. De acordo com Prigozhin, o fato de o grupo Wagner não poder mais recrutar prisioneiros para a frente de batalha em troca de anistia representa uma “sangria” para sua organização. “Em um determinado momento o número de unidades vai cair e, em consequência, o volume de tarefas que queremos executar também”, acrescentou. A organização paramilitar lidera a ofensiva contra Bakhmut há vários meses. O grupo recrutou um grande número de detentos para lutar na Ucrânia. Em 9 de fevereiro, Prigozhin anunciou o fim deste tipo de recrutamento.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan