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Arapiraca

MPE investiga possível negligência médica em morte de bebê recém-nascido

7ª Promotoria de Justiça de Arapiraca / Foto: MPAL
7ª Promotoria de Justiça de Arapiraca / Foto: MPAL

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) por meio da 7ª Promotoria de Justiça de Arapiraca instaurou Procedimento Administrativo para apurar possível negligência envolvendo uma parturiente e o seu filho, em dezembro de 2022. Os promotores de Justiça Viviane Farias e Maurício Wanderley solicitaram a realização de investigação sobre as condutas dos médicos responsáveis pelo parto.

O caso teve grande repercussão e, conforme denúncia do casal teria ocorrido desleixo por parte dos médicos, visto que, segundo a mãe, que estava grávida de gêmeos, após o parto foi informada que havia apenas uma criança em seu útero e, conforme a genitora, a mesma teria nascido sem problemas visíveis de saúde.

"A denúncia chegou até o Ministério Público, é muito grave e exige que adotemos providências. Queremos, enquanto protetores da cidadania, que tudo seja devidamente apurado e nos sejam apresentadas provas convincentes de que não houve a negligência defendida pela mãe. Então, entendemos que era preciso ir além de uma notícia de fato e evoluímos para o procedimento administrativo pelo qual manteremos acompanhamento minucioso", explica a promotora Viviane Farias.

A assessoria de Comunicação do MPAL destacou que os representantes ministeriais remeteram ofício ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CRM/AL) para que, de posse de todas as peças que lhes serão encaminhadas, apurem as condutas adotadas pelos profissionais médicos. O propósito do MP de Alagoas é a clareza, bem como a elucidação do caso, dando a resposta precisa aos pais e à sociedade que se comoveu com os seus relatos.

Além de acionarem o CRM, os promotores também solicitaram que a secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca assegure atendimento psicológico à parturiente.

O caso

De acordo com a parturiente, identificada como Joyce, quatro dias após dar entrada no hospital, com gestação de oito meses, as equipes médicas teriam tentado um parto normal. Não logrando êxito, teriam decidido pelo cesariano.

Ela denuncia que não foi permitida a entrada do pai para acompanhar o nascimento dos bebês e que a criança, um menino, estaria aparentemente bem quando o apresentaram, inclusive chegando a fotografá-lo. Mas em seguida teria sido surpreendida com a ida dele para a Unidade de Terapia Intensiva, onde morreu após três dias.

Joyce disse ainda que chegou a visitar o filho e, diferentemente da hora do parto, o bebê estaria com hematomas e a cabeça enfaixada.

*Com assessoria

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